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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Vacinação contra meningite C em SP

A vacina conjugada contra o meningococo sorogrupo C passará a integrar o calendário básico da vacinação na rede pública de saúde no país, a partir de agosto de 2010, para a população menor de dois anos de idade, gratuitamente.

Esse tipo específico de bactéria afeta principalmente bebês com menos de 1 ano. A vacina confere excelente proteção contra Meningococcus do grupo C.

Inicialmente serão imunizadas as crianças entre 1 ano e 1 ano e 11 meses de idade. Para esta faixa etária é necessário apenas uma dose da vacina. Já em novembro, será disponibilizada a vacina às crianças menores de um ano, que deverão tomar duas doses da vacina e uma dose de reforço quando completarem um ano de idade.

Em geral a transmissão dos agentes bacterianos é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato íntimo (residentes da mesma casa, colega de dormitório ou alojamento) ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente.

MENINGITE
Inflamação das meninges (membranas ao redor do encéfalo), em geral causada por infecção.

A meningite é uma das doenças mais temidas e afeta tanto crianças quanto adultos. Quando a meningite é causado por vírus atinge principalmente adultos e é mais comum, mas menos grave. A meningite bacteriana ocorre predominantemente em crianças e, embora mais rara, pode ser fatal.

Quais os sintomas?
Os sintomas são bem conhecidos:
  • febre;
  • rigidez do pescoço e aversão à luz forte;
  • cefaléia e sonolência.
Com frequência, esses sinais e sintomas surgem com rapidez, mas em alguns casos, como os causados por vírus, o ínicio é mais gradual e os sintomas podem ser apenas dor leve e febre baixa. Em crianças muito pequenas, podem se desenvolver:
  • relutância para comer;
  • vômito;
  • flacidez;
  • crises epilépticas ou convulsões.
Um tipo de meningite bacteriana, a meningite meningocócica, causa erupção de manchas roxo-avermelhadas que não desaparecem quando pressionadas com a lateral de um copo - isso é conhecido como púrpura e indica que o distúrbio é grave.

Como é diagnosticada?

  • exame físico;
  • exame do líquido cerebrospinal (liquor)
É importante procurar o médico para o diagnóstico correto da meningite, neste caso, a internação hospitalar deve ser imediata para avaliação, exames e tratamento.

Qual o prognóstico?

Embora quase todos conheçam os sintomas de meningite bacteriana, cerca de 15% das pessoas que contraem a doença não sobrevivem. O risco é maior se houver atraso no diagnóstico e no tratamento, se a pessoa já tiver outra doença, como diabetes, ou se houver deficiência do sistema imune. Os idosos e os muito jovens demoram mais para se recuperar.

Bibliografia:
O cérebro e o sistema nervoso. Rio de Janeiro: Reader's Digest, 2007.

Para saber mais:

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1563
http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/2408/meningite/pagina8

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

9 de Setembro - Dia Latino Americano e Nacional de Epilepsia

Várias atividades ocorrem na semana do dia 9 no Brasil e se estendem ao longo do mês de setembro. Chamo a sua atenção para duas atividades que acontecerão em Campinas.

A primeira: Atualização em Epilepsia. Participarão desta oficina profissionais altamente qualificados. O público pode interagir com os palestrantes, on-line, em forma de pergunta e resposta. Para assistir a transmissão on-line, basta acessar o portal: www.fcm.unicamp.br/videoconferencia.
Para as pessoas que tiverem interessem em participar da oficina pessoalmente, pedimos que enviem um e-mail para paula@aspebrasil.org para efetuar a inscrição, que é gratuita e limitada.

A segunda: Para fechar as atividades a ASPE está organizando um jantar beneficente no dia 24 de setembro, sexta-feira, as 20:00 no Espaço Gourmet do Hotel The Royal Palm Plaza (Campinas). É um jantar completo incluso bebidas em um ambiente descontraído e requintado para conhecer mais sobre ações sociais da ASPE. Convite individual no valor de R$70,00, por ser limitado, venda com antecedência. Para adquirir pode entrar em contato pelo tel.: (19) 9113-8086.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Maconha para uso medicinal ou uso recreativo?


Venho expressar minha opinião sobre recentes textos e discussões do uso medicinal de derivados sintéticos ou naturais da maconha como defesa para o uso, legalização, recreação da maconha e afins. Outro dia mesmo eu deixei um comentário no blog da sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento (http://blog.sbnec.org.br/2010/07/nota-de-esclarecimento-sbnec-e-a-maconha-4/#comments).

Há uma certa confusão das pessoas que defendem o uso da maconha, pode-se observar que a grande maioria sempre associa a legalização da maconha e uso recreativo com o uso medicinal, e o fazem com alguns artigos, livros que mostram o seu benefício. Isso gera uma pergunta: Será que parte dessas pessoas que fazem uso recreativo da maconha estão mesmo preocupados com seu uso medicinal ou é só uma desculpa, em que se apoiam, para o seu próprio consumo? Os argumentos que vejo nos textos e ouço de algumas pessoas me deixam com muita dúvida quanto a esta resposta.

"É importante não confundir uso medicinal com uso recreativo". "É importante não confundir uso medicinal com legalização da maconha".

É engraçado a visão unifocal que algumas pessoas tem quando escrevem sobre o uso da maconha. Ultimamente, comecei a observar essa peculariedade nos textos de pessoas que defendem o uso do Cannabis, onde sempre mostram artigos beneficiando o seu uso. Por que será que essas pessoas não mostram artigos como:

- "Maconha é ineficaz contra mal de Alzheimer e destrói neurônios" (Universidade da Colúmbia Britânica e Instituto Coastal Health Research)

- "Maconha pode aumentar o risco de psicose"

- Outro trabalho publicado em julho de 2001, compara o efeito analgésico da maconha aos demais analgésicos no mercado não encontrando vantagens da introdução da maconha com esse fim (http://archpsyc.ama-assn.org/cgi/content/full/58/10/909)

Quanto a comprovação do uso medicinal da maconha, um texto diz:
"Muita literatura médica precisaria ser lida para permitir afirmativa tão categórica";
"Cabe a análise da relação risco/benefício ao se utilizar os derivados da maconha ou de qualquer outra droga".
Então, por que ser tão categórico em escrever um texto defendendo o uso da Cannabis se não podemos confirmar o seu uso medicinal?? Precisaríamos de estudos, principalmente a longo prazo, para saber realmente quais seus efeitos diretos e indiretos, não??

Podemos ver artigos que mostram efeitos benéficos do uso da maconha como: Analgésico, estimulante de apetite, etc........e os efeitos no cérebro??? Destruição de neurônios, mudança no comportamento, psicose, esquizofrenia......por que esses efeitos ficam de lado nos textos dos "defensores" da Cannabis???

Sei que há muito mais coisas por trás da sua proibição do que a discussão de benefícios de uma plantinha. Mas essa não é a discussão aqui apresentada.

Mostrem-me que o uso de derivados da maconha são medicinais, que não acarretam problemas neurológicos, que sua defesa está voltada SOMENTE para este uso e NÃO para o uso recreativo, que então, eu também passo a defendê-la.