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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Feromônio do medo

Agência Fapesp do dia 17-05:

Pesquisadores do Brasil e Estados Unidos descobrem composto químico que, secretado por predadores, provoca o medo em camundongos. Descoberta, que foi capa da Cell (14/5) - é assinado por Fabio Papes, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Darren Logan e Lisa Stowers, pesquisadores do Instituto de Pesquisa Scripps, dos Estados Unidos - poderá ajudar a entender como atividade elétrica no cérebro gera comportamentos.


Segundo Papes, o estudo demonstrou que no órgão vomeronasal – órgão presente nas narinas de muitas espécies de animais e capaz de captar os mensageiros químicos conhecidos como feromônios – há neurônios específicos para detectar as moléculas que induzem ao medo.

“A compreensão desse sistema poderá nos ajudar no futuro a controlar problemas como fobias, o estresse pós-traumático – que gera custos sociais muito grandes –, síndrome do pânico e esquizofrenia, por exemplo”, disse Papes à Agência FAPESP.

De acordo com Papes, nos sistemas sensoriais da visão, da audição e do olfato, os estímulos físicos – respectivamente a luz, o som e as moléculas – são transformados pelo sistema nervoso em atividade elétrica. Esses impulsos elétricos transmitidos por células neurais, são interpretados e transformados em respostas comportamentais ou hormonais.

“O estudo dessa transformação é importante do ponto de vista médico, porque doenças mentais, neurodegenerativas e fobias estão ligadas a esse mecanismo. O sistema olfativo é um excelente modelo para o estudo dessa transformação, porque a ligação entre estímulo e comportamento é direta, independente do aprendizado e da memória. Os animais respondem de maneira inata a algumas moléculas”, explicou.

O artigo The Vomeronasal Organ Mediates Interspecies Defensive Behaviors through Detection of Protein Pheromone Homologs, de Fabio Paepes, Darren Logan e Lisa Stowers, pode ser lido por assinantes da Cell em http://www.cell.com/.

sábado, 8 de maio de 2010

"Uma esmola pelo amor de Deus"

"Uma esmola, meu, por caridade

Uma esmola pro ceguinho, pro menino

Em toda esquina, tem gente só pedindo

Uma esmola pro que resta do Brasil

Pro mendigo, pro indigente" - Skank


Saí da padaria com dois enroladinhos de salsicha em um pacotinho que havia sobrado de um lanche rápido de final de tarde que faço antes de ir para a aula de inglês. Em outra mão, um litro de leite numa sacola, quando meus olhos notam um moço, de uns 40 anos, à espera de algo ou alguém do lado de fora da padaria. Curiosamente, eu pergunto o que esperas ali naquele canto, sua voz baixa me diz que espera pelas sobras que todo o dia naquele mesmo horário o moço da padaria, o Antonio, lhe dá. Entrego a ele o meu pacotinho de enroladinhos e pergunto se queres que eu compre paezinhos para ele e para a sua esposa - soube da esposa por perguntar se ele estava sozinho - e humildemente me diz que não é necessário pois estava à espera de Antonio.

Em poucos segundos, nosso cérebro é capaz de ativar pensamentos, experiências e lembranças vividas e associá-las àquela situação de problema social. Insisti quanto aos paezinhos e "nada feito". Dei dois passos em direção ao curso quando me virei novamente com a mão estendida entregando-lhe a sacola com o leite. "Mas você comprou o leite para você, vai te fazer falta", disse aquela voz humilde. Sim, era verdade que eu iria fazer uma vitamina mais tarde com o leite, mas falta, iria fazer para ele e sua esposa muito mais do que para mim. Ele agradeceu e então fui embora com uma sensação de paz.

"O povo brasileiro tem o hábito e a cultura de dar esmola e ainda ter pena dos excluídos, com a visão de que a vida não deu a mesma chance para esses pobres coitados" (Esmola... reportagem de Raul Camilo - revista Filosofia, Ciência e Religião), não poderia ter palavras mais sábias para explicar a minha segunda sensação.

Na visão do Espiritismo e do Catolicismo, um dos atos de maior importância é a caridade. No budismo, as esmolas são dadas por leigos para monges e freiras para conseguir méritos e bençãos, além de assegurar a continuidades monástica. Buda Sidarta Gautama, fundador do budismo, deixou toda a riqueza de sua família para viver na pobreza e de esmola junto com seu povo. A esmola é vista de forma diferente nas diversas culturas no mundo.

Há quem não dê dinheiro como esmola, mas oferece um prato de comida. Certa vez, o lanche oferecido foi negado pelo pedinte, o que ele queria era dinheiro. Confiar que esse dinheiro seja bem aproveitado é uma tarefa difícil, não é mesmo? Vimos pessoas mandando seus filhos pedirem dinheiro no sinal para seus próprios pais. Dinheiro que pode ser usado para comprar drogas, álcool e outros fins. As pessoas do bem acabam pagando por pessoas inescrupulosas, que se aproveitam da oportunidade.

Então, dar ou não esmolas? Como distiguir pessoas oportunistas das pessos que precisam? Por que escolhemos dar esmolas para alguns e não para outros? "Ao contrário de dar dinheiro, pode-se doar tempo e carinho em uma conversa amena e fraterna, incentivando o pedinte a ir à luta em buscas de seus objetivos e conquistas" - Tarefa nada fácil, heim? Com um simples gesto de generosidade podemos mudar o cenário dessa miséria e pobreza.

Interessante ler:
Esmola...
Quando doamos, agimos certo?
E se negarmos, agimos errado?
E você acha correto dar esmola?
Reportagem de Raul Camilo Coelho Motta
Revista Filosofia, Ciência e Religião, Ano 4, n° 8, 2010
ISSN 1881-8734

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Tem lido alguma coisa sobre religiosidade?

Dedicar-se a algumas leituras sobre algo que eleve sua mente e faça perceber a espiritualidade que existe dentro de você, de uma forma ou outra promovem o “religare” com a divindade.

Dê mais atenção à sua religiosidade. Precisamos sempre estar ligados a esse sentimento para que tenhamos a que nos apegar nos momentos difíceis. Ter fé é fundamental para que possamos reunir forças e facilitar a resolução de nossos problemas e conseguir benefícios.