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quinta-feira, 29 de julho de 2010

1º Simpósio Internacional Explorando as Fronteiras da Relação Mente-Cérebro

24 a 26 Setembro 2010 - São Paulo
O Simpósio terá como principal objetivo discutir as relações entre mente e cérebro sob duas perspectivas: científica e filosófica. Na busca da compreensão da mente humana, pesquisadores internacionais na área estarão reunidos e debatendo os seguintes temas:
1- Ciência e Mente: análise empírica e filosófica do cartesianismo e do materialismo reducionista Robert Almeder, PhD (EUA)
2- O eterno retorno do materialismo: padrões recorrentes de explicações materialistas dos fenômenos mentais
Saulo de Freitas Araujo, PhD (Brasil)
3- Física sem colapso, mecanicismo e espiritualidade
Chris J. S. Clarke, PhD (Inglaterra)
4- O Cérebro, a mente e experiências transcendentes
Mario Beauregard, MD,PhD (Canadá)
5- Casos Sugestivos de Reencarnação e Relação Mente-Cérebro
Erlendur Haraldsson, PhD (Islândia)
6- Pesquisas sobre experiências mediúnicas e relação mente-cérebro
Alexander Moreira-Almeida, MD, PhD (Brasil)
7- Fenômenos psíquicos e o problema mente-corpo: aspectos históricos de uma tradição conceitual negligenciada
Carlos S. Alvarado, PhD (EUA)
8- Experiências de quase morte e relação mente-cérebro
Peter Fenwick, MD, PhD (Inglaterra)
9- Os processos quânticos cerebrais fornecem explicações científicas plausíveis para a consciência e a alma
Stuart Hameroff MD, PhD (EUA)
O evento terá tradução simultânea de todas as palestras Inglês-Português e Português-Inglês.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

AVC - De pai para filho: fatores genéticos e ambientais podem desencadear a doença

Por Danielle Lucon e Fábio Mury

Deitada no quarto, Maria levantou-se e presenciou seu marido, Antônio, se queixando de fortes dores de cabeça e falando com dificuldade. Maria vestiu-se rapidamente, chamou os três filhos, Pedro, de 24 anos, Fabiana, de 23 e João, de 19. Em cinco minutos, a família já estava no setor de emergência de um hospital universitário. Maria sabia que se tratava de um quadro de acidente vascular cerebral (AVC), já presenciado em 2004 com seu filho, João, na época com 14 anos.

O passado veio à tona para lhe ensinar que o tempo poderia estar a seu favor dessa vez. Ela sabia que cada segundo era precioso e que poderia salvar seu marido e fazer o que não pôde ser feito pelo seu filho, pois a demora para levar João ao hospital deixou sequelas, como o comprometimento no uso da linguagem, tanto no que diz respeito à expressão quanto à compreensão. Tanto Antônio quanto João eram hipertensos e apresentavam má formação cardíaca. Porém, enquanto o filho era jovem e praticava exercícios físicos, o pai tinha uma rotina sedentária.

Maria foi informada pelo médico sobre os fatores de risco ambientais que, juntamente com o fator hereditário, poderiam aumentar o risco de AVC em seus outros filhos. Essa mulher sentiu dor e sofrimento ao ver, primeiro, seu filho, e depois, o marido diante de um quadro de AVC. Porém, com amor e muita disciplina, incorporou medidas de prevenção no cardápio da sua família, reduzindo drasticamente a quantidade de sal e gordura em seus pratos. Tal atitude contribui para diminuir o risco da ocorrência do AVC e de outras doenças em sua família. Os nomes apresentados acima são fictícios, porém a situação é real.

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Até pouco tempo atrás, as causas eram exclusivamente atribuídas aos hábitos de vida (sedentarismo, fumo, dieta etc), e a hipertensão, o tabagismo e o diabetes tipo 2 eram identificados como os principais fatores de risco para doenças cerebro vasculares (DCVs). Porém, aproximadamente 69% do risco de desenvolvimento dessas doenças não pode ser atribuído a esses três fatores individualmente.

Estudos recentes baseados em análises comparativas entre gêmeos monozigóticos ou idênticos – que possuem o mesmo material genético – e gêmeos dizigóticos ou fraternos – que não compartilham o mesmo material genético entre si –, acompanhados por um longo período de tempo, permitiram identificar que as DCVs apresentam uma concordância de cinco a seis vezes maiores entre os gêmeos idênticos, o que justifica o papel da herança genética na ocorrência das DCVs.

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Paralelamente, alguns estudos contrariam a hipótese de que fatores genéticos sejam responsáveis pelas DCVs e afirmam que fatores ambientais como tabagismo, dieta e estresse são os principais desencadeadores. “As variações de mortalidade e incidência são relativamente rápidas na maioria das populações. O componente ambiental é maior do que o genético”, avalia Paulo Andrade Lotufo, neurologista e superintendente do HU/USP.

Contudo, ainda não é possível inferir de forma precisa qual a porcentagem de participação dos fatores genéticos e ambientais na etiologia (ou seja, nas causas) das DCVs. No entanto, recentes estudos têm demonstrado que os fatores genéticos podem predispor indivíduos mais susceptíveis à ação de fatores de risco convencionais, modulando seus efeitos ou interferindo diretamente no risco de AVC. Por isso, sabendo que alguém na família já teve AVC, como no caso relatado no início deste texto, aumenta o alerta quando surgem sintomas semelhantes.

Leia o texto completo em Reportagem para a Revista Eletrônica de Jornalismo Científico Com Ciência - SBPC/Labjor: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=47&id=580

Estágios da doença de Alzheimer

O que significa DEGENERATIVO?

O cérebro, como todos os órgãos, degenera e isso pode acarretar condições mentais adversas como perda de memória, comprometimento cognitivo e, em casos graves, demência.
DOENÇA DE ALZHEIMER

CAUSA MAIS COMUM DE DEMÊNCIA, TRATA-SE DE UM QUADRO DEGENERATIVO PROGRESSIVO, EM QUE PLACAS CAUSAM DANOS AO CÉREBRO.

ESTÁGIOS DA DOENÇA:

Os sintomas e a progressão da doença de Alzheimer variam de pessoa a pessoa. No entanto, se agravam conforme a doença progride e áreas extensas do cérebro são afetadas, ainda que em alguns casos possa haver períodos em que o paciente aparenta melhora. Geralmente, há três estágios no seu desenvolvimento.

Estágio 1. Sintomas: A pessoa se torna cada vez mais esquecida, o que tende a causar ansiedade e depressão. No entanto, a deterioração da memória é consequência normal da idade, não sendo, por si só, prova de Alzheimer.

Estágio 2. Sintomas: Há perda da memória, principalmente de eventos recentes, além de confusão sobre a época ou o lugar onde se está; dificuldade de concentração; afasia (incapacidade de encontrar a palavra certa); ansiedade; instabilidade e mudanças de personalidade.

Estágio 3. Sintomas: A confusão se agrava e há possibilidade de surgir sintomas psicóticos, como delírios ou alucinações. Pode haver reflexos anormais e incontinência.

DIAGNÓSTICO:

Pode ser diagnosticada pelo sintomas, embora escaneamentos cerebrais, exames de sangue e testes neuropsicológicos também possam ser requeridos.

TRATAMENTO:

A conduta terapêutica visa retardar a degeneração, mas não chega a estacionar o declínio por completo. Ao final, serão necessários cuidados especiais para com o doente, Inibidores de acetilcolinesterase são capazes de retardar o progresso da doença de Alzheimer nos estágios inicial e intermediário; já a memantina, nas fases mais adiantadas.

Bibliografia:

Graziela Costa Pinto. Envelhecimento e disfunções. São Paulo: Duetto, 2009. 72p. (O Livro do Cérebro, v. 4).

Foto: Publicado na Revista Ciência Hoje 243

SITES SOBRE A DOENÇA:
http://www.abraz.com.br/ - Associação Brasileira de Alzheimer - Informações sobre a doença, orientações para o familiar/cuidador, Agenda dos Grupos de Apoio da ABRAz e muito mais.

http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/Index/8/Alzheimer/0/0/1-10?id=290&sourceName=artigos - Drauzio Varela.com.br - Informações gerais como por exemplo: recomendações aos familiares e aos doentes.

http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/4985/atividade-fisica-e-alzheimer - Artigo "Atividade física e Alzheimer" - Descreve a progressão da doença, o declínio das funções cognitivas e motoras, a velocidade da evolução e pesquisas mostrando que a atividade física pode reduzir o risco de Alzheimer em até 50%.

http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/4980/doenca-de-alzheimer - Artigo "Doença de Alzheimer" - Descreve a doença, os estágios e fala sobre as linhas de pesquisas em desenvolvimento, como uma vacina contra as placas de proteína beta-amilóide.