O desejo possui dois componentes distintos - gostar e querer. Gostar refere-se à obtenção de prazer, enquanto querer associa-se à necessidade real de alguma coisa. Em certas atividades, como comer, dormir e praticar sexo, o gostar e o querer se sobrepõem, e o desejo adquire valor de sobrevivência, mas pode ser destrutivo, caso estimule um vício. Um indíviduo com um vício pode querer e "precisar" de uma droga, mas sem gostar ou desfrutar dela; assim o prazer é contaminado pela
destruição.
Substâncias aditivas podem ativar o sistema de recompensa da dopamina (neurotransmissor), proporcionando prazer, mesmo não sendo essenciais à sobrevivência. A exposição crônica às drogas leva à supressão dos circuitos de recompensa, aumentando a quantidade necessária para gerar o mesmo efeito.
O sistema opiáceo está envolvido no alívio da dor e ansiedade. A heroína e a morfina unem-se a receptores opiáceos, criando uma sensação de euforia. Os circuitos colinérgicos -onde age a nicotina- estão envolvidos com a memória e a aprendizagem. A cocaína age nos receptores noradrenérgicos, envolvidos com as respostas ao stress e à ansiedade.
"Aquilo tudo que você resiste, persiste" (Carl Jung)
A busca pela droga é fruto de uma
desistrutura emocional, o indivíduo precisa se empapuçar para suprir essa desestrutura. A sensação de prazer que a droga proporciona a esse indivíduo é maior do que a vontade dele de encarar a realidade, para alguns é cômodo viver assim. A droga passa a ter prioridade em sua vida sem que o afetado tenha noção do acontecido, "prioridade oculta" para mim. Ele tem certeza que pode parar à qualquer momento - será isso uma verdade?
Quanto mais tempo for a resistência, maior o tempo em que o indivíduo estará mergulhado em sua mente, acreditando em verdades e conceitos que a droga lhe traz, e estará perdendo dias valiosos. Segundo palavras do Daniel (na postagem:
http://cucacomcafe.blogspot.com/2010/09/defesa-do-uso-da-maconha-para-uso.html?showComment=1292684921643#c6478820105960385893) "
a droga percorria nos labirintos da minha mente destruindo o que eu tinha de melhor em mim: a capacidade de aprender e de amar as coisas".
Enquanto isso, vão-se as motivações, os planos e ações, os entes queridos, os amigos que não usam droga, o amor de alguém.
É preciso encarar de frente os problemas da vida, aprender a cair e levantar. É preciso de ajuda e querer se ajudado, sempre!!!
E por fim, gostaria de dividir a mensagem emocionante, que o Daniel me deixaste, com todos para reflexão:
"Durante muito tempo meus pensamentos eram uma cela de prisão, e ser trancado do lado de dentro da mente sem nenhum espaço, é como uma simples gota d´agua que simplesmente cai sem ser notada por ninguém!"
Curiosidade:
Carl Gustav Jung (1875 – 1955), é fundador da escola analítica de Psicologia e introduziu termos como extroversão, introversão e o inconsciente coletivo. O psiquiatra ampliou as visões psicanalíticas de Freud, interpretando distúrbios mentais e emocionais como uma tentativa do indivíduo de buscar a perfeição pessoal e espiritual (texto extraído da Mente e Cérebro - Duetto).