Fitoterápico entre os mais vendidos do mundo pode levar a aumento de crises epiléticas.http://bit.ly/1gz3GDq
Um dos fitoterápicos mais vendidos no mundo poderá ser alvo de restrições em um futuro próximo. Pelo menos é o que espera um grupo de médicos da Universidade de Bonn, na Alemanha, que publicou uma ampla revisão sobre o assunto no Journal of Natural Products. Eles reuniram evidências de que o Ginkgo biloba, usado como “tonificante cerebral” e indicado para idosos, pode aumentar a ocorrência de crises em pacientes epiléticos e reduzir a eficácia dos medicamentos usados para evitar convulsões. Os autores recomendam que passe a ser vendido apenas com receita médica.
Mutação nas células gliais pode explicar origem da epilepsia. http://bit.ly/1nYBfmb
Crises de epilepsia se originam em descargas elétricas não habituais entre neurônios, o que causa as convulsões. Ainda não se sabe exatamente o que desencadeia essas “tempestades elétricas”. No entanto, segundo cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), a resposta para a epilepsia pode não estar nos neurônios, mas nas células da glia.
Estudos anteriores já mostraram que quando o córtex de moscas-das-frutas não consegue regular adequadamente os níveis de cálcio, os neurônios vizinhos ficam vulneráveis às descargas. Os pesquisadores do MIT identificaram a mutação genética que deixa esses insetos mais propensos às crises – ela ocorre no gene zydeco, que controla o transporte de cálcio no interior das gliais. “O curioso é que a maioria dessas células não dispara impulsos elétricos”, diz a autora do estudo, Jan Melom.
Segundo ela, a mutação evita que pequenas flutuações de cálcio ocorram na glia, o que pode resultar em acúmulo dessa subtância nas células. Situações estressantes, como calor, geralmente aumentam os níveis de cálcio, o que poderia desencadear “algum tipo de reação nas gliais que se propaga para os neurônios”, diz Jan. Como existe uma versão do zydeco em mamíferos, a descoberta pode ajudar a explicar a origem das crises epiléticas em humanos.
Desenvolvimento cerebral, epilepsia e e dificuldade de aprendizagem
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