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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Como reconhecer um AVC?


O segredo é reconhecer o AVC*, diagnosticá-lo e receber o tratamento médico correspondente dentro das três horas seguintes. Cada segundo é precioso e pode salvar a vida da vítima de AVC. A vítima pode sofrer severa consequência cerebral quando as pessoas que o presenciam falham em reconhecer os sintomas de um derrame.

Memoriza as três primeiras letras STR:


  1. S* (Smile) Peça-lhe que SORRIA.

  2. T* (Talk) Peça-lhe que FALE ou APENAS DIGA UMA FRASE SIMPLES. (com coerência)(ex : Hoje o dia está ensolarado)

  3. R* (Rise your arms) Peça-lhe que levante AMBOS OS BRAÇOS.

Caso a vítima apresente alguma dificuldade em realizar QUALQUER destas tarefas, chame a emergência imediatamente e descreva-lhe os sintomas ou leve-o rápido ao hospital. A demora por atendimento hospitalar pode deixar sequelas.

Divulguem para seus amigos e familiares essas três letras!!!


*AVC - acidente vascular cerebral ou derrame. O AVC é uma doença cérebro vascular (DCV) e é basicamente dividido em dois tipos: o isquêmico (80 a 90%) e o hemorrágico (10 a 20%). Para ler mais sobre AVC acesse: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=47

Aumentam mortes de idosos por AVC

Envelhecimento da população e falta de informação sobre a doença elevam índice em 16%

Por Camila Ancona
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
camila.ancona@rac.com.br

Publicada em 25/10/2010 - Correio Popular digital


O número de mortes por acidente vascular cerebral (AVC) cresceu 16% de 2008 a 2009 em Campinas entre pessoas com 60 anos ou mais, segundo dados da Secretaria de Saúde. São esses indivíduos, inclusive, os que mais desconhecem a doença, segundo pesquisa realizada em Campinas no ano passado com 130 pessoas. O estudo foi realizado por alunos* do Laboratório de Estudos Avançados do Jornalismo (Labjor), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O envelhecimento da população e a dificuldade de prevenção da doença podem ter influenciado no aumento das mortes.

A Secretaria de Saúde aponta que as mortes neste grupo passaram de 392 em 2008 para 455 no ano passado. Esse índice cresceu 27,8% quando comparados o período de 2000 a 2009. No ano passado, a região Sul (do Jardim Proença ao Parque Oziel), registrou o maior número de óbitos por AVC: 135. O segundo local com maior número de mortes foi a região Leste (do Alphaville ao Carlos Gomes), com 125 casos.

O envelhecimento da população na região Leste é uma das hipóteses para o aumento das mortes, segundo o secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva. “Com a população mais idosa, o que vem ocorrendo na região Leste, o risco de uma doença cardiovascular é maior, como é o caso do derrame”, disse. O número expressivo de óbitos na região Sul deve-se, segundo o secretário, ao número de habitantes, cerca de 300 mil. “A região acaba sendo proporcionalmente mais afetada devido ao grande número de pessoas que residem no local”, disse Saraiva.

Entre 2008 e 2009, as mortes por derrame na região Sul cresceram 33,6% e na região Leste, 6%. O desconhecimento é o grande vilão da doença, que pode ser prevenida com hábitos saudáveis. “O importante é a prevenção. Ainda falta conhecimento sobre o que pode causar o AVC. Por isso, a nossa grande preocupação deve ser com a capacitação da população quanto à prevenção”, ressaltou o secretário.

Entre a população até 60 anos, houve redução de 15% no número de óbitos, de 110 para 96 na comparação entre 2008 e 2009, também conforme dados da Secretaria de Saúde. O levantamento dos alunos do Labjor apontou maior conhecimento do assunto justamente entre as três categorias: até 17 anos, de 18 a 24 anos e de 25 a 59 anos. A população que corresponde a essas faixas etárias disse saber o que significava um AVC. No entanto, quase 60% dos entrevistados acima de 60 anos não sabiam.

Dos que informaram conhecer a doença, 57% possuem nível superior, conforme o levantamento. O estudo apontou que a grande maioria dos entrevistados nas quatro faixas etárias afirmaram que já ouviram falar sobre acidente vascular cerebral e uma maior parte também sabe o que é o derrame, como é popularmente conhecida a doença. De acordo com a pesquisa, é comum, nas quatros faixas, conhecer alguém que já foi afetado pelo AVC.

Para o professor Li Li Min, do Departamento de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp), boa parte do derrame é preventiva apenas com o hábito de vida. “A falta de informação pode estar associada ao crescimento da doença porque muita gente ainda não sabe o que causa o popular derrame. Isso precisa mudar porque as sequelas dependerão de quão rápido a pessoa receber o tratamento especializado. Quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de sobrevivência.”

Para ler toda a reportagem acesse: http://cpopular.cosmo.uol.com.br/mostra_noticia.asp?noticia=1712785&area=2020&authent=8DFCB8D7001452AFDE9AF52236708D

*Trabalho desenvolvido pelos alunos de Divulgação científica, o qual fiz parte. Nós todos do grupo ficamos honrados pela reportagem.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O que é Jet lag?

Jet= jato; Lag= diferença de horário


Uma viagem com mudança de fuso horário pode causar jet lag, um processo no qual o relógio do corpo fica "dessincronizado" com o ambiente. Desta maneira, após uma viagem passando por vários fusos horários a pessoa se sente como se o relógio biológico não estivesse no mesmo do horário do local.

Fadiga e desorientação. Tornar-se cansado e desorientado por vários dias após a sua chegada. Falta de concentração e motivação, especialmente para qualquer atividade que exija algum esforço ou habilidade, como dirigir, ler ou discutir um negócio. Mas até mesmo atividades simples podem tornar-se mais difícieis.

Pode levar alguns dias para o corpo se reajustar ao novo fuso horário. Enquanto isso, o sono pode ser interrompido durante a noite e, consequentemente, a pessoa poderá dormir durante o dia. Na verdade, a NASA estima que será necessário um dia para cada hora da zona de fuso horário para voltar ao seu ritmo normal e os níveis de energia. Portanto, uma diferença de cinco horas de tempo significa que você vai precisar de cinco dias para voltar ao normal.

Confusão e imprecisão. Regressar ao seu quarto de hotel duas ou três vezes para verificar se ficou trancado, isso é típico dos efeitos relatados por tripulantes que sofrem de jet lag.

Desidratação. O ar seco a bordo da aeronave pode causar dores de cabeça, irritação das narinas e pele seca. Este por sua vez, pode resultar em uma sensação geral de mal-estar e torná-lo mais suscetível à constipação, tosse, dor de garganta e gripe.

A Organização Mundial de Saúde vincula diretamente o "jet lag" como um fator agravante nos casos de diarréia causados pela contaminação microbiológica da água ou alimento, afetando entre 20% e 50% dos viajantes de longa distância.

Além dos sintomas acima do jet lag, a síndrome é agravada pelos efeitos físicos de ser confinado em um avião por horas.

Comissários de bordo. Perguntou-se aos comissários se eles geralmente passam por sintomas específicos do jet lag, durante e depois dos vôos de longo curso. Suas respostas foram as seguintes:
Cansaço ao longo dos primeiros cinco dias após a chegada, 90%.
Sono interrompido após a chegada, 93%.
Falta de energia e motivação, 94%.
Desorientação, 53%.
Desidratação, 73%.
Inchaço dos membros, 32%.
Ouvido, nariz, problemas de garganta, resfriado ou gripe, 70%

Então, como reduzir o jet lag?

  • Antes de embarcar, verifique se você tem todos os seus assuntos, pessoais e de negócios, em ordem;
  • Assegure-se que não está estressado, e não cansado ou de ressaca da noite anterior;
  • Tenha uma boa noite de sono antes da viagem;
  • O ar seco na aeronave provoca desidratação. Beber líquidos, preferencialmente água.

E depois do voo? Nos primeiros dias em um novo lugar tente se expor mais à luz solar. Ela vai dar ao seu cérebro a noção certa sobre os períodos do dia e isso ajuda a regular o sono.

Existe medicamentos para reduzir os sintomas do jet lag?

Alguns especialistas acreditam que o jet lag está relacionado aos níveis de melatonina, e que o uso de um suplemento desse hormônio ajuda a reajustar o relógio corporal no novo fuso horário. Até agora, as pesquisas foram inconclusivas; testes iniciais constataram que a melatonina reduzia o jet lag, mas um estudo posterior constatou que a diferença era pequena.

Uma outra opção para o combate do jet lag é uma preparação homeopática chamada No-jet-lag. Não tem nenhuma ligação com o hormônio melatonina. Sua eficácia foi comprovada em um estudo científico de passageiros de volta ao mundo, e confirmado por comissários de voo de longo curso. Para obter mais informações clique: http://www.nojetlag.com/jetlag3.html.

Comprimidos para dormir (não!). Algumas pessoas usam comprimidos para dormir para tentar aliviar o jet lag. Esta é uma abordagem perigosa, pílula para dormir induz um estado comatoso, com pouco ou nenhum movimento natural do corpo, e é sabido que a imobilidade prolongada durante o voo pode levar à formação de coágulos sanguíneos fatais (trombose venosa profunda). Isso foi relatado já em 1988 no The Lancet: estimou-se que, durante três anos no aeroporto de Heathrow, 18% das 61 mortes súbitas nos passageiros de longa distância foram causados por coágulos nos pulmões.

Há pouco material de divulgação jornalística e científica sobre o Jet lag, principalmente no Brasil. Talvez devêssemos dar mais importância a esse mal que atinge muitas pessoas que viajam a longa distância, em especial aos comissários que voam internacional. As cia aéreas escalam esses "pássaros" para voarem a longa distância cerca de 4x/mês, e quando não estão voando, ficam, na maior parte, de sobreaviso em terra aguardando o possível 5°, 6° voo. Será que o tempo de recuperação da volta de um voo longo está sendo respeitado? Será que o sobreaviso não potencializa o jet lag por estarem preocupados em serem acionados para um voo que não foram escalados a princípio? De qualquer forma, o jet lag não deixa de ser um acessório indispensável na bagagem desses "pássaros", mesmo que indesejável. Precisamos olhar com carinho o trabalho de todos e respeitá-los, e então, veremos lindos e saudáveis "pássaros" voando atenciosos e tranquilos.

Fonte:
- O cérebro e o sistema nervoso. Rio de Janeiro: Reader's Digest, 2007.
- http://www.nojetlag.com/jetlag1.html

Programe-se para o dia 29 de outubro - Dia Mundial de Combate ao AVC

A cada 6 segundos, uma pessoa morre de AVC.

E a cada segundo a mais, uma pessoa tem AVC.

15 milhões de pessoas por ano tem AVC e 6 milhões destas morrem.

30 milhões de pessoas já tiveram AVC e a maioria tem sequelas.


29 de outubro - Dia Mundial de Combate ao AVC
Programação Campinas - Outubro 2010

- Jornada de Neurociências: dias 22 e 23. Anfiteatro da FCM-UNICAMP www.lepedic.com.br/eventos/neurociencias2010

- Rock AVC: dia 22, a partir das 20:00 - Casa do Barão - Barão Geraldo . Bandas Med Unikos, Todos menos um, Dodjão do Blues. http://www.casadobarao.net.br/

- Midia Desk: dia 27, das 9:30-12:00 - Sala de video-conferência da FCM-UNICAMP. Transmissão online www.fcm.unicamp.br/videoconferencia