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domingo, 14 de abril de 2013

Como é que o cérebro controla os hábitos?

Como é que o cérebro controla os hábitos? | ALERT® ONLINE - BR

Investigadores do MIT descobriram uma região do córtex pré-frontal do cérebro responsável pela substituição dos hábitos antigos por novos, dá conta um estudo publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

Os hábitos são comportamentos tão entranhados no cérebro que são realizados automaticamente. “Sempre se pensou − e eu continuo a pensar assim −, que ao realizar uma tarefa habitual não temos de pensar nela, libertando assim o cérebro para pensar noutras tarefas. Mas, ao que parece, este não fica totalmente liberto, pois há uma região do córtex que está dedicada ao controlo deste tipo de tarefas”, revelou, em comunicado de imprensa, uma das autoras do estudo, Ann Graybiel.

Neste estudo os investigadores, liderados por Kyle Smith, constataram, através de experiências realizadas em ratinhos, que uma região do córtex pré-frontal, conhecida por córtex infra-límbico (IL), é responsável pelos hábitos que estão ativos a cada momento.

Apesar de os hábitos estarem tão enraizados , há um centro de controlo no cérebro que os consegue desativar. “Pensou-se sempre que os hábitos eram inflexíveis, mas este estudo sugere que se pode ter hábitos de alguma forma flexíveis”, referiu uma outra autora do estudo, Jane Taylor.

O estudo apurou também que o córtex IL favorece os novos hábitos em detrimento dos antigos, o que vem ao encontro dos resultados que outros estudos já tinham apresentado e que demonstravam que quando os hábitos são descontinuados não são esquecidos mas sim substituídos por outros.

Segundo os autores do estudo, estes resultados levantam a possibilidade de intervenção nesta região do cérebro para tratamento de indivíduos que sofrem de comportamentos excessivos, nomeadamente de distúrbios obsessivos compulsivos. 



Durante os últimos dois anos, uma jovem transformou quase todos os aspectos de sua vida. Parou de fumar, correu uma maratona e foi promovida. Em um laboratório, neurologistas descobriram que os padrões dentro do cérebro dela --ou seja, seus hábitos-- foram modificados de maneira fundamental para que todas essas mudanças ocorressem. Há duas décadas pesquisando ao lado de psicólogos, sociólogos e publicitários, cientistas do cérebro começaram finalmente a entender como os hábitos funcionam - e, mais importante, como podem ser transformados. Embora isoladamente pareçam ter pouca importância, com o tempo, têm um enorme impacto na saúde, na produtividade, na estabilidade financeira e na felicidade.

Com base na leitura de centenas de artigos acadêmicos, entrevistas com mais de 300 cientistas e executivos, além de pesquisas realizadas em dezenas de empresas, o repórter investigativo do "New York Times" Charles Duhigg elabora, em "O Poder do Hábito", um argumento animador: a chave para se exercitar regularmente, perder peso, educar bem os filhos, se tornar uma pessoa mais produtiva, criar empresas revolucionárias e ter sucesso é entender como os hábitos funcionam. Transformá-los pode gerar bilhões e significar a diferença entre fracasso e sucesso, vida e morte.

quinta-feira, 21 de março de 2013

A neurobiologia da confiança

A neurobiologia da confiança | Scientific American Brasil | Duetto Editorial


Nossa propensão a acreditar em estranhos tem relação direta com a presença de uma pequena molécula no cérebro, a oxitocina. Levantamento internacional revela que os brasileiros são os que confiam menos.



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Estudo mostra como a privação do sono afeta a imunidade | Agência FAPESP :: Especiais

Estudo mostra como a privação do sono afeta a imunidade | Agência FAPESP :: Especiais

Grupo 1 - Privação total por 48 horas – similar à que ocorre com pessoas que trabalham em sistema de plantão noturno, por quatro noites seguidas.
"Enquanto o grupo controle não apresentou alteração no perfil imunológico, como esperado, os voluntários do grupo submetido à privação total tiveram uma elevação no número de leucócitos, especificamente de neutrófilos, o primeiro tipo celular que responde à maioria das infecções. Também houve aumento de linfócitos T CD4, responsáveis pela imunidade adaptativa, específica para cada doença".

Grupo 2 - Privação seletiva de sono REM (movimento rápido de olhos, na sigla em inglês), fase do sono em que prevalecem os sonhos, por quatro noites seguidas.
"... foi observada uma diminuição da imunoglobulina A (IgA) circulante no sangue durante todo o período do experimento. Esse efeito permaneceu após as três noites de recuperação do sono.
“Essa imunoglobulina, presente na secreção de mucosas, está diretamente relacionada à proteção contra a invasão por patógenos. Isso poderia explicar por que a privação de sono REM poderia estar relacionada a uma maior suscetibilidade a doenças como gripes e resfriados já descrita na literatura”.

terça-feira, 13 de março de 2012

Mudanças nos tratamentos neurológicos

A estimulação elétrica intracraniana é indolor e usada para casos de depressão, dores crônicas e alguns tipos de esquizofrenia. Esta estimulação adianta o efeito de antidepressivos.

A tecnologia foi regulamentada em janeiro deste ano no Brasil e está sendo aplicada no Hospital das Clínicas em São Paulo.

A reportagem também cita a criação de uma nova tecnologia para o mal de Parkinson, que consiste na cirurgia de implante de eletrodos cerebrais. Estes eletrodos estimulam algumas regiões do cérebro para corrigir os sintomas do Parkinson.

Veja a reportagem completa acessando:
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/multi/?hashId=implante-de-elotrodo-cerebral-corrige-sintomas-de-parkinson-04020C1A3064E0A92326&mediaId=12582040

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Avanços na pesquisa da genética do autismo

Parte I:
Distúrbios do espectro autista - O que é?


É um grupo de transtornos de desenvolvimento caracterizado por problemas com a comunicação, relações sociais e comportamento repetitivo.


O autismo costuma aparecer no início da infância, antes dos três anos de idade. Compromete as três regiões principais do desenvolvimento: habilidades sociais, de comunicação e de comportamento. Cerca da metade das crianças autistas têm dificuldade no aprendizado. No entanto, algumas têm grande habilidade em determinada área, como memória automática ou leitura precoce.


Não há cura para os distúrbios do espectro autista, e o tratamento é baseado em educação de apoio para ajudar a criança a alcançar seu potencial.


Parte II:
Avanços na pesquisa da genética do autismo
Por Elton Alisson - Agência FAPESP  (http://agencia.fapesp.br/15114)


Pesquisadores do Centro de Estudos do Genoma Humano (CEGH) deram importantes passos para desvendar o mecanismo genético do transtorno do espectro autista. 
Ao estudar, nos últimos três anos, os cromossomos de cerca de 200 pacientes com autismo atendidos no CEGH, os pesquisadores brasileiros identificaram em três deles uma alteração cromossômica do tipo translocação equilibrada, isto é, a troca entre segmentos cromossômicos sem aparente perda do material genético.


“Imaginamos que, por causa desse desequilíbrio no rearranjo cromossômico dos pacientes com autismo, ele tenha uma menor quantidade dessa proteína TRPC-6, o que faz com que menos cálcio vá para os neurônios”, disse Maria Rita dos Santos e Passos-Bueno, pesquisadora do Centro de Estudos de Genoma Humano da USP, à Agência FAPESP.


Em um dos três pacientes, observou-se que essa translocação genética provocou o rompimento de um gene, chamado TRPC-6, que atua em um canal de cálcio no cérebro, controlando o funcionamento dos neurônios, em particular, das sinapses neuronais – a comunicação entre os neurônios. 


De acordo com a cientista, essa translocação genética, em que metade do gene TRPC-6, localizado no cromossomo 11, migrou para o 3, aniquilando sua função, é muita rara e dificilmente é encontrada em outros pacientes com autismo. Porém, a via de sinalização celular comprometida pela mutação de um gene relacionado ao autismo, como a observada no paciente atendido, pode ser comum a outras pessoas afetadas pelo distúrbio neurológico. “Em outros pacientes com autismo, a mutação pode estar em outro gene desta mesma via de sinalização celular”, indicou.


Os desafios para os próximos anos serão estudar as vias de sinalização celular envolvidas pelos genes relacionados ao autismo para que se possa tentar desenvolver alternativas de tratamento.
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Referências: 
Parte I: Pinto, Graziela Costa. O livro do cérebro 4: envelhecimento e disfunções. Traduzido por Frances Jones. São Paulo: Duetto, 2009
Parte II: Reportagem na íntegra, acesse:  http://agencia.fapesp.br/15114


Autismo para ler e ver:
Livro - Temple Grandin e o Autismo: Linguagem dos bichos (2005). Uma das escritoras mais conhecidas sobre o tema, Temple Grandin é autista e conseguiu descrever em palavras o que significa sê-lo. Temple defende a intervenção precoce e um regime educacional de apoio às crianças com esse transtorno.
Filme Rain Man (1988), com Tom Cruise e Dustin Hoffman, este último interpreta um autista com memória excepcional.

domingo, 6 de novembro de 2011

Origem fora do cérebro | Agência FAPESP :: Especiais

Origem fora do cérebro Agência FAPESP :: Especiais

"A doença de Huntington não pode mais ser tratada apenas como uma desordem puramente neurológica, uma vez que tem efeito e até origem em vários órgãos e tecidos periféricos, como coração – conforme demonstrado no estudo –, fibras musculares estriadas esqueléticas, ossos, testículos, pâncreas, sistema imune e sistema nervoso entérico e cardíaco".

terça-feira, 26 de julho de 2011

Mapa global da depressão | Agência FAPESP :: Especiais

Mapa global da depressão Agência FAPESP :: Especiais

"A depressão é uma doença caracterizada por um conjunto de sintomas psicológicos e físicos, associada a altos índices de comorbidades médicas, incapacitação e mortalidade prematura.

Relatório da OMS sobre depressão reúne estudos populacionais em 18 países e indica relação entre o distúrbio e condições sociais. Brasil tem a prevalência mais alta em 12 meses, com mais de 10%
 
Os países foram divididos em dois grupos: alta renda (Bélgica, França, Alemanha, Israel, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Estados Unidos) e baixa e média renda (Brasil – com dados exclusivamente de São Paulo –, Colômbia, Índia, China, Líbano, México, África do Sul e Ucrânia).

De acordo com o relatório, nos dez países de alta renda incluídos na pesquisa, 14,6% das pessoas, em média, já tiveram MDE. Nos oito países de baixa ou média renda considerados no estudo, 11,1%
da população teve episódio alguma vez na vida".

Leia a reportagem completa acessando o link acima.

sábado, 28 de maio de 2011

Novo Código Florestal??

Um novo código florestal foi apresentado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e aprovado na madrugada da terça-feira (24) na Câmara dos Deputados. O projeto, relatado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), chega ao Senado na próxima semana. O código florestal de 1965 (Lei 4771) já havia sofrido modificações em 1989 e 2001, mas muitos veem que a mudança proposta hoje é puramente ruralista e desobedece a lei da natureza.

O projeto de Aldo Rebelo propõe significativas reduções das APPs (áreas de preservação permanente) que hoje é de 30-50% para 7,5%. “Se for aprovado do jeito que está, o projeto será o pior retrocesso ambiental que o Brasil terá sofrido em meio século. Ele vai minar, gradualmente, todos os avanços conquistados penosamente desde que o Código foi instituído”, adverte Thomas Michael Lewinsohn, professor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp e presidente da Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação (http://www.ib.unicamp.br/node/347).

Na noite de quarta-feira (25) assisti por acaso a TV Senado onde o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) falava sobre o texto do novo Código Florestal (PL 1876/99), aprovado no dia anterior na Câmara dos Deputados. Lindbergh afirmou que este texto tem problemas gravíssimos (http://www.senado.gov.br/NOTICIAS/codigo-florestal-lindbergh-diz-que-texto-tem-problemas-gravissimos.aspx).

"Comunidades científicas como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e Academia Brasileira de Ciências (ABC) consideram precipitada a decisão tomada na Câmara dos Deputados, pois não levou em consideração aspectos científicos e tecnológicos na construção de um instrumento legal para o país considerando a sua variabilidade ambiental por bioma, interação entre paisagens urbanas e rurais que propiciem melhores condições de vida para as populações com uma produção agrícola ambientalmente sustentável" (http://agencia.fapesp.br/13939)

"A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (26) que poderá vetar a proposta que modifica o Código Florestal, aprovada na Câmara dos Deputados nesta semana, caso haja, na avaliação dela, algum prejuízo ao país" (http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/05/dilma-diz-que-pode-vetar-codigo-florestal-se-houver-prejuizo-ao-pais.html).

A aprovação do novo Código Florestal será uma vergonha para nosso país. Cientistas afirmam que a nossa rica biodiversidade será unificada caso ocorra diminuição das APPs. É necessário que haja prorrogação do novo Código Florestal e que este sejá reavaliado juntamente com a comunidade científica. E que a presidente Dilma seja conduscente com a preservação da nossa fauna e flora e, se necessário, vete a proposta do novo Código Florestal puramente ruralista.

Para saber mais sobre o Código Florestal e a Ciência acesse: http://www.sbpcnet.org.br/site/arquivos/codigo_florestal_e_a_ciencia.pdf