sábado, 18 de dezembro de 2010
Vícios e compulsões
Substâncias aditivas podem ativar o sistema de recompensa da dopamina (neurotransmissor), proporcionando prazer, mesmo não sendo essenciais à sobrevivência. A exposição crônica às drogas leva à supressão dos circuitos de recompensa, aumentando a quantidade necessária para gerar o mesmo efeito.
O sistema opiáceo está envolvido no alívio da dor e ansiedade. A heroína e a morfina unem-se a receptores opiáceos, criando uma sensação de euforia. Os circuitos colinérgicos -onde age a nicotina- estão envolvidos com a memória e a aprendizagem. A cocaína age nos receptores noradrenérgicos, envolvidos com as respostas ao stress e à ansiedade.
A busca pela droga é fruto de uma desistrutura emocional, o indivíduo precisa se empapuçar para suprir essa desestrutura. A sensação de prazer que a droga proporciona a esse indivíduo é maior do que a vontade dele de encarar a realidade, para alguns é cômodo viver assim. A droga passa a ter prioridade em sua vida sem que o afetado tenha noção do acontecido, "prioridade oculta" para mim. Ele tem certeza que pode parar à qualquer momento - será isso uma verdade?
Quanto mais tempo for a resistência, maior o tempo em que o indivíduo estará mergulhado em sua mente, acreditando em verdades e conceitos que a droga lhe traz, e estará perdendo dias valiosos. Segundo palavras do Daniel (na postagem: http://cucacomcafe.blogspot.com/2010/09/defesa-do-uso-da-maconha-para-uso.html?showComment=1292684921643#c6478820105960385893) "a droga percorria nos labirintos da minha mente destruindo o que eu tinha de melhor em mim: a capacidade de aprender e de amar as coisas".
Enquanto isso, vão-se as motivações, os planos e ações, os entes queridos, os amigos que não usam droga, o amor de alguém.
É preciso encarar de frente os problemas da vida, aprender a cair e levantar. É preciso de ajuda e querer se ajudado, sempre!!!
E por fim, gostaria de dividir a mensagem emocionante, que o Daniel me deixaste, com todos para reflexão:
"Durante muito tempo meus pensamentos eram uma cela de prisão, e ser trancado do lado de dentro da mente sem nenhum espaço, é como uma simples gota d´agua que simplesmente cai sem ser notada por ninguém!"
Curiosidade:
Carl Gustav Jung (1875 – 1955), é fundador da escola analítica de Psicologia e introduziu termos como extroversão, introversão e o inconsciente coletivo. O psiquiatra ampliou as visões psicanalíticas de Freud, interpretando distúrbios mentais e emocionais como uma tentativa do indivíduo de buscar a perfeição pessoal e espiritual (texto extraído da Mente e Cérebro - Duetto).
terça-feira, 9 de novembro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Como reconhecer um AVC?
- S* (Smile) Peça-lhe que SORRIA.
- T* (Talk) Peça-lhe que FALE ou APENAS DIGA UMA FRASE SIMPLES. (com coerência)(ex : Hoje o dia está ensolarado)
- R* (Rise your arms) Peça-lhe que levante AMBOS OS BRAÇOS.
Caso a vítima apresente alguma dificuldade em realizar QUALQUER destas tarefas, chame a emergência imediatamente e descreva-lhe os sintomas ou leve-o rápido ao hospital. A demora por atendimento hospitalar pode deixar sequelas.
Divulguem para seus amigos e familiares essas três letras!!!
*AVC - acidente vascular cerebral ou derrame. O AVC é uma doença cérebro vascular (DCV) e é basicamente dividido em dois tipos: o isquêmico (80 a 90%) e o hemorrágico (10 a 20%). Para ler mais sobre AVC acesse: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=47
Aumentam mortes de idosos por AVC
Por Camila Ancona
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
camila.ancona@rac.com.br
Publicada em 25/10/2010 - Correio Popular digital
O número de mortes por acidente vascular cerebral (AVC) cresceu 16% de 2008 a 2009 em Campinas entre pessoas com 60 anos ou mais, segundo dados da Secretaria de Saúde. São esses indivíduos, inclusive, os que mais desconhecem a doença, segundo pesquisa realizada em Campinas no ano passado com 130 pessoas. O estudo foi realizado por alunos* do Laboratório de Estudos Avançados do Jornalismo (Labjor), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O envelhecimento da população e a dificuldade de prevenção da doença podem ter influenciado no aumento das mortes.
A Secretaria de Saúde aponta que as mortes neste grupo passaram de 392 em 2008 para 455 no ano passado. Esse índice cresceu 27,8% quando comparados o período de 2000 a 2009. No ano passado, a região Sul (do Jardim Proença ao Parque Oziel), registrou o maior número de óbitos por AVC: 135. O segundo local com maior número de mortes foi a região Leste (do Alphaville ao Carlos Gomes), com 125 casos.
O envelhecimento da população na região Leste é uma das hipóteses para o aumento das mortes, segundo o secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva. “Com a população mais idosa, o que vem ocorrendo na região Leste, o risco de uma doença cardiovascular é maior, como é o caso do derrame”, disse. O número expressivo de óbitos na região Sul deve-se, segundo o secretário, ao número de habitantes, cerca de 300 mil. “A região acaba sendo proporcionalmente mais afetada devido ao grande número de pessoas que residem no local”, disse Saraiva.
Entre 2008 e 2009, as mortes por derrame na região Sul cresceram 33,6% e na região Leste, 6%. O desconhecimento é o grande vilão da doença, que pode ser prevenida com hábitos saudáveis. “O importante é a prevenção. Ainda falta conhecimento sobre o que pode causar o AVC. Por isso, a nossa grande preocupação deve ser com a capacitação da população quanto à prevenção”, ressaltou o secretário.
Entre a população até 60 anos, houve redução de 15% no número de óbitos, de 110 para 96 na comparação entre 2008 e 2009, também conforme dados da Secretaria de Saúde. O levantamento dos alunos do Labjor apontou maior conhecimento do assunto justamente entre as três categorias: até 17 anos, de 18 a 24 anos e de 25 a 59 anos. A população que corresponde a essas faixas etárias disse saber o que significava um AVC. No entanto, quase 60% dos entrevistados acima de 60 anos não sabiam.
Dos que informaram conhecer a doença, 57% possuem nível superior, conforme o levantamento. O estudo apontou que a grande maioria dos entrevistados nas quatro faixas etárias afirmaram que já ouviram falar sobre acidente vascular cerebral e uma maior parte também sabe o que é o derrame, como é popularmente conhecida a doença. De acordo com a pesquisa, é comum, nas quatros faixas, conhecer alguém que já foi afetado pelo AVC.
Para o professor Li Li Min, do Departamento de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp), boa parte do derrame é preventiva apenas com o hábito de vida. “A falta de informação pode estar associada ao crescimento da doença porque muita gente ainda não sabe o que causa o popular derrame. Isso precisa mudar porque as sequelas dependerão de quão rápido a pessoa receber o tratamento especializado. Quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de sobrevivência.”
Para ler toda a reportagem acesse: http://cpopular.cosmo.uol.com.br/mostra_noticia.asp?noticia=1712785&area=2020&authent=8DFCB8D7001452AFDE9AF52236708D
*Trabalho desenvolvido pelos alunos de Divulgação científica, o qual fiz parte. Nós todos do grupo ficamos honrados pela reportagem.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
De onde veio...o candomblé?
http://www2.uol.com.br/historiaviva/multimidia/de_onde_veio____o_candomble.html
(Multimídia)
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
O que é Jet lag?
Uma viagem com mudança de fuso horário pode causar jet lag, um processo no qual o relógio do corpo fica "dessincronizado" com o ambiente. Desta maneira, após uma viagem passando por vários fusos horários a pessoa se sente como se o relógio biológico não estivesse no mesmo do horário do local.
Fadiga e desorientação. Tornar-se cansado e desorientado por vários dias após a sua chegada. Falta de concentração e motivação, especialmente para qualquer atividade que exija algum esforço ou habilidade, como dirigir, ler ou discutir um negócio. Mas até mesmo atividades simples podem tornar-se mais difícieis.
Pode levar alguns dias para o corpo se reajustar ao novo fuso horário. Enquanto isso, o sono pode ser interrompido durante a noite e, consequentemente, a pessoa poderá dormir durante o dia. Na verdade, a NASA estima que será necessário um dia para cada hora da zona de fuso horário para voltar ao seu ritmo normal e os níveis de energia. Portanto, uma diferença de cinco horas de tempo significa que você vai precisar de cinco dias para voltar ao normal.
Confusão e imprecisão. Regressar ao seu quarto de hotel duas ou três vezes para verificar se ficou trancado, isso é típico dos efeitos relatados por tripulantes que sofrem de jet lag.
Desidratação. O ar seco a bordo da aeronave pode causar dores de cabeça, irritação das narinas e pele seca. Este por sua vez, pode resultar em uma sensação geral de mal-estar e torná-lo mais suscetível à constipação, tosse, dor de garganta e gripe.
A Organização Mundial de Saúde vincula diretamente o "jet lag" como um fator agravante nos casos de diarréia causados pela contaminação microbiológica da água ou alimento, afetando entre 20% e 50% dos viajantes de longa distância.
Além dos sintomas acima do jet lag, a síndrome é agravada pelos efeitos físicos de ser confinado em um avião por horas.
Comissários de bordo. Perguntou-se aos comissários se eles geralmente passam por sintomas específicos do jet lag, durante e depois dos vôos de longo curso. Suas respostas foram as seguintes:
Cansaço ao longo dos primeiros cinco dias após a chegada, 90%.
Sono interrompido após a chegada, 93%.
Falta de energia e motivação, 94%.
Desorientação, 53%.
Desidratação, 73%.
Inchaço dos membros, 32%.
Ouvido, nariz, problemas de garganta, resfriado ou gripe, 70%
Então, como reduzir o jet lag?
- Antes de embarcar, verifique se você tem todos os seus assuntos, pessoais e de negócios, em ordem;
- Assegure-se que não está estressado, e não cansado ou de ressaca da noite anterior;
- Tenha uma boa noite de sono antes da viagem;
- O ar seco na aeronave provoca desidratação. Beber líquidos, preferencialmente água.
E depois do voo? Nos primeiros dias em um novo lugar tente se expor mais à luz solar. Ela vai dar ao seu cérebro a noção certa sobre os períodos do dia e isso ajuda a regular o sono.
Existe medicamentos para reduzir os sintomas do jet lag?
Alguns especialistas acreditam que o jet lag está relacionado aos níveis de melatonina, e que o uso de um suplemento desse hormônio ajuda a reajustar o relógio corporal no novo fuso horário. Até agora, as pesquisas foram inconclusivas; testes iniciais constataram que a melatonina reduzia o jet lag, mas um estudo posterior constatou que a diferença era pequena.
Uma outra opção para o combate do jet lag é uma preparação homeopática chamada No-jet-lag. Não tem nenhuma ligação com o hormônio melatonina. Sua eficácia foi comprovada em um estudo científico de passageiros de volta ao mundo, e confirmado por comissários de voo de longo curso. Para obter mais informações clique: http://www.nojetlag.com/jetlag3.html.
Comprimidos para dormir (não!). Algumas pessoas usam comprimidos para dormir para tentar aliviar o jet lag. Esta é uma abordagem perigosa, pílula para dormir induz um estado comatoso, com pouco ou nenhum movimento natural do corpo, e é sabido que a imobilidade prolongada durante o voo pode levar à formação de coágulos sanguíneos fatais (trombose venosa profunda). Isso foi relatado já em 1988 no The Lancet: estimou-se que, durante três anos no aeroporto de Heathrow, 18% das 61 mortes súbitas nos passageiros de longa distância foram causados por coágulos nos pulmões.
Há pouco material de divulgação jornalística e científica sobre o Jet lag, principalmente no Brasil. Talvez devêssemos dar mais importância a esse mal que atinge muitas pessoas que viajam a longa distância, em especial aos comissários que voam internacional. As cia aéreas escalam esses "pássaros" para voarem a longa distância cerca de 4x/mês, e quando não estão voando, ficam, na maior parte, de sobreaviso em terra aguardando o possível 5°, 6° voo. Será que o tempo de recuperação da volta de um voo longo está sendo respeitado? Será que o sobreaviso não potencializa o jet lag por estarem preocupados em serem acionados para um voo que não foram escalados a princípio? De qualquer forma, o jet lag não deixa de ser um acessório indispensável na bagagem desses "pássaros", mesmo que indesejável. Precisamos olhar com carinho o trabalho de todos e respeitá-los, e então, veremos lindos e saudáveis "pássaros" voando atenciosos e tranquilos.
Fonte:
- O cérebro e o sistema nervoso. Rio de Janeiro: Reader's Digest, 2007.
- http://www.nojetlag.com/jetlag1.html
Programe-se para o dia 29 de outubro - Dia Mundial de Combate ao AVC
E a cada segundo a mais, uma pessoa tem AVC.
15 milhões de pessoas por ano tem AVC e 6 milhões destas morrem.
30 milhões de pessoas já tiveram AVC e a maioria tem sequelas.
29 de outubro - Dia Mundial de Combate ao AVC
Programação Campinas - Outubro 2010
- Jornada de Neurociências: dias 22 e 23. Anfiteatro da FCM-UNICAMP www.lepedic.com.br/eventos/neurociencias2010
- Midia Desk: dia 27, das 9:30-12:00 - Sala de video-conferência da FCM-UNICAMP. Transmissão online www.fcm.unicamp.br/videoconferencia
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Vacinação contra meningite C em SP
Esse tipo específico de bactéria afeta principalmente bebês com menos de 1 ano. A vacina confere excelente proteção contra Meningococcus do grupo C.
Inicialmente serão imunizadas as crianças entre 1 ano e 1 ano e 11 meses de idade. Para esta faixa etária é necessário apenas uma dose da vacina. Já em novembro, será disponibilizada a vacina às crianças menores de um ano, que deverão tomar duas doses da vacina e uma dose de reforço quando completarem um ano de idade.
Em geral a transmissão dos agentes bacterianos é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato íntimo (residentes da mesma casa, colega de dormitório ou alojamento) ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente.
MENINGITE
Inflamação das meninges (membranas ao redor do encéfalo), em geral causada por infecção.
A meningite é uma das doenças mais temidas e afeta tanto crianças quanto adultos. Quando a meningite é causado por vírus atinge principalmente adultos e é mais comum, mas menos grave. A meningite bacteriana ocorre predominantemente em crianças e, embora mais rara, pode ser fatal.
Quais os sintomas?
Os sintomas são bem conhecidos:
- febre;
- rigidez do pescoço e aversão à luz forte;
- cefaléia e sonolência.
- relutância para comer;
- vômito;
- flacidez;
- crises epilépticas ou convulsões.
Como é diagnosticada?
- exame físico;
- exame do líquido cerebrospinal (liquor)
Qual o prognóstico?
Embora quase todos conheçam os sintomas de meningite bacteriana, cerca de 15% das pessoas que contraem a doença não sobrevivem. O risco é maior se houver atraso no diagnóstico e no tratamento, se a pessoa já tiver outra doença, como diabetes, ou se houver deficiência do sistema imune. Os idosos e os muito jovens demoram mais para se recuperar.
Bibliografia:O cérebro e o sistema nervoso. Rio de Janeiro: Reader's Digest, 2007.
Para saber mais:
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1563
http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/2408/meningite/pagina8
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
9 de Setembro - Dia Latino Americano e Nacional de Epilepsia
A primeira: Atualização em Epilepsia. Participarão desta oficina profissionais altamente qualificados. O público pode interagir com os palestrantes, on-line, em forma de pergunta e resposta. Para assistir a transmissão on-line, basta acessar o portal: www.fcm.unicamp.br/videoconferencia.
Para as pessoas que tiverem interessem em participar da oficina pessoalmente, pedimos que enviem um e-mail para paula@aspebrasil.org para efetuar a inscrição, que é gratuita e limitada.
A segunda: Para fechar as atividades a ASPE está organizando um jantar beneficente no dia 24 de setembro, sexta-feira, as 20:00 no Espaço Gourmet do Hotel The Royal Palm Plaza (Campinas). É um jantar completo incluso bebidas em um ambiente descontraído e requintado para conhecer mais sobre ações sociais da ASPE. Convite individual no valor de R$70,00, por ser limitado, venda com antecedência. Para adquirir pode entrar em contato pelo tel.: (19) 9113-8086.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Maconha para uso medicinal ou uso recreativo?
- Outro trabalho publicado em julho de 2001, compara o efeito analgésico da maconha aos demais analgésicos no mercado não encontrando vantagens da introdução da maconha com esse fim (http://archpsyc.ama-assn.org/cgi/content/full/58/10/909)
Mostrem-me que o uso de derivados da maconha são medicinais, que não acarretam problemas neurológicos, que sua defesa está voltada SOMENTE para este uso e NÃO para o uso recreativo, que então, eu também passo a defendê-la.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Ciumento? Grandioso? Somático?
Delírios de que o parceiro está sendo infiel (ciumento)?
Alguém, frequentemente uma celebridade, está apaixonado por você (erotomaníaco)?
Sentimento inflado de valor, poder, talento ou conhecimento (grandioso)?
Crer possuir um defeito físico ou uma doença (somático)?
Crer que um outro está tentando fazer-lhe mal (persecutório)?
São tipos de TRANSTORNO DELIRANTE. Um tipo de psicose caracterizado pela presença de crenças persistentes e irracionais, não derivadas de outro transtorno mental.
Nesse transtorno, os delírios não são bizarros, pois envolvem coisas possíveis. À parte as crenças delirantes e o comportamento relacionado a elas, a pessoa age normalmente, embora possa ficar tão preocupada com esses sintomas que o cotidiano passa a ser afetado por eles.
Sua etiologia é ignorada, mas é mais comum em pessoas com parentes diagnosticados com o transtorno ou a esquizofrenia. Indivíduos isolados socialmente tendem a ser mais suscetíveis, e alguns casos podem ser desencadeados por stress.
A sua prevalência é estimada em 0,03 %. O período mínimo do quadro deve ser de um mês.
Para saber mais acesse o site da Associação Brasileira de Psiquiatria e faça a buscaporpalavra: transtorno delirante - http://www.abpbrasil.org.br/medicos/
Curiosidade:
Erotomania. Também conhecida como síndrome de clerambault, essa síndrome é um tipo raro de transtorno delirante no qual o doente acredita que outra pessoa está apaixonada por ele(a) - Tema central do romance Amor para sempre, do escritor Ian McEwan.
Ciúmes. A dúvida sobre a existência do adultério de Capitu, não havendo em nenhum momento algo que o comprove, permanecendo apenas como suspeitas em Dom Casmurro, obra de Machado de Assis.
Referência: Graziela Costa Pinto. Doenças e Transtornos. São Paulo: Duetto, 2009. 283p. (O Livro do Cérebro, v. 4).
quinta-feira, 29 de julho de 2010
1º Simpósio Internacional Explorando as Fronteiras da Relação Mente-Cérebro
segunda-feira, 26 de julho de 2010
AVC - De pai para filho: fatores genéticos e ambientais podem desencadear a doença
Deitada no quarto, Maria levantou-se e presenciou seu marido, Antônio, se queixando de fortes dores de cabeça e falando com dificuldade. Maria vestiu-se rapidamente, chamou os três filhos, Pedro, de 24 anos, Fabiana, de 23 e João, de 19. Em cinco minutos, a família já estava no setor de emergência de um hospital universitário. Maria sabia que se tratava de um quadro de acidente vascular cerebral (AVC), já presenciado em 2004 com seu filho, João, na época com 14 anos.
O passado veio à tona para lhe ensinar que o tempo poderia estar a seu favor dessa vez. Ela sabia que cada segundo era precioso e que poderia salvar seu marido e fazer o que não pôde ser feito pelo seu filho, pois a demora para levar João ao hospital deixou sequelas, como o comprometimento no uso da linguagem, tanto no que diz respeito à expressão quanto à compreensão. Tanto Antônio quanto João eram hipertensos e apresentavam má formação cardíaca. Porém, enquanto o filho era jovem e praticava exercícios físicos, o pai tinha uma rotina sedentária.
Maria foi informada pelo médico sobre os fatores de risco ambientais que, juntamente com o fator hereditário, poderiam aumentar o risco de AVC em seus outros filhos. Essa mulher sentiu dor e sofrimento ao ver, primeiro, seu filho, e depois, o marido diante de um quadro de AVC. Porém, com amor e muita disciplina, incorporou medidas de prevenção no cardápio da sua família, reduzindo drasticamente a quantidade de sal e gordura em seus pratos. Tal atitude contribui para diminuir o risco da ocorrência do AVC e de outras doenças em sua família. Os nomes apresentados acima são fictícios, porém a situação é real.
...
Até pouco tempo atrás, as causas eram exclusivamente atribuídas aos hábitos de vida (sedentarismo, fumo, dieta etc), e a hipertensão, o tabagismo e o diabetes tipo 2 eram identificados como os principais fatores de risco para doenças cerebro vasculares (DCVs). Porém, aproximadamente 69% do risco de desenvolvimento dessas doenças não pode ser atribuído a esses três fatores individualmente.
Estudos recentes baseados em análises comparativas entre gêmeos monozigóticos ou idênticos – que possuem o mesmo material genético – e gêmeos dizigóticos ou fraternos – que não compartilham o mesmo material genético entre si –, acompanhados por um longo período de tempo, permitiram identificar que as DCVs apresentam uma concordância de cinco a seis vezes maiores entre os gêmeos idênticos, o que justifica o papel da herança genética na ocorrência das DCVs.
...
Paralelamente, alguns estudos contrariam a hipótese de que fatores genéticos sejam responsáveis pelas DCVs e afirmam que fatores ambientais como tabagismo, dieta e estresse são os principais desencadeadores. “As variações de mortalidade e incidência são relativamente rápidas na maioria das populações. O componente ambiental é maior do que o genético”, avalia Paulo Andrade Lotufo, neurologista e superintendente do HU/USP.
Contudo, ainda não é possível inferir de forma precisa qual a porcentagem de participação dos fatores genéticos e ambientais na etiologia (ou seja, nas causas) das DCVs. No entanto, recentes estudos têm demonstrado que os fatores genéticos podem predispor indivíduos mais susceptíveis à ação de fatores de risco convencionais, modulando seus efeitos ou interferindo diretamente no risco de AVC. Por isso, sabendo que alguém na família já teve AVC, como no caso relatado no início deste texto, aumenta o alerta quando surgem sintomas semelhantes.
Estágios da doença de Alzheimer
O cérebro, como todos os órgãos, degenera e isso pode acarretar condições mentais adversas como perda de memória, comprometimento cognitivo e, em casos graves, demência.
CAUSA MAIS COMUM DE DEMÊNCIA, TRATA-SE DE UM QUADRO DEGENERATIVO PROGRESSIVO, EM QUE PLACAS CAUSAM DANOS AO CÉREBRO.
Os sintomas e a progressão da doença de Alzheimer variam de pessoa a pessoa. No entanto, se agravam conforme a doença progride e áreas extensas do cérebro são afetadas, ainda que em alguns casos possa haver períodos em que o paciente aparenta melhora. Geralmente, há três estágios no seu desenvolvimento.
Estágio 1. Sintomas: A pessoa se torna cada vez mais esquecida, o que tende a causar ansiedade e depressão. No entanto, a deterioração da memória é consequência normal da idade, não sendo, por si só, prova de Alzheimer.
Estágio 2. Sintomas: Há perda da memória, principalmente de eventos recentes, além de confusão sobre a época ou o lugar onde se está; dificuldade de concentração; afasia (incapacidade de encontrar a palavra certa); ansiedade; instabilidade e mudanças de personalidade.
Estágio 3. Sintomas: A confusão se agrava e há possibilidade de surgir sintomas psicóticos, como delírios ou alucinações. Pode haver reflexos anormais e incontinência.
Pode ser diagnosticada pelo sintomas, embora escaneamentos cerebrais, exames de sangue e testes neuropsicológicos também possam ser requeridos.
A conduta terapêutica visa retardar a degeneração, mas não chega a estacionar o declínio por completo. Ao final, serão necessários cuidados especiais para com o doente, Inibidores de acetilcolinesterase são capazes de retardar o progresso da doença de Alzheimer nos estágios inicial e intermediário; já a memantina, nas fases mais adiantadas.
Bibliografia:
Graziela Costa Pinto. Envelhecimento e disfunções. São Paulo: Duetto, 2009. 72p. (O Livro do Cérebro, v. 4).
Foto: Publicado na Revista Ciência Hoje 243
SITES SOBRE A DOENÇA:
http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/Index/8/Alzheimer/0/0/1-10?id=290&sourceName=artigos - Drauzio Varela.com.br - Informações gerais como por exemplo: recomendações aos familiares e aos doentes.
http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/4985/atividade-fisica-e-alzheimer - Artigo "Atividade física e Alzheimer" - Descreve a progressão da doença, o declínio das funções cognitivas e motoras, a velocidade da evolução e pesquisas mostrando que a atividade física pode reduzir o risco de Alzheimer em até 50%.
http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/4980/doenca-de-alzheimer - Artigo "Doença de Alzheimer" - Descreve a doença, os estágios e fala sobre as linhas de pesquisas em desenvolvimento, como uma vacina contra as placas de proteína beta-amilóide.
domingo, 27 de junho de 2010
Maconha é ineficaz para o tratamento de Alzheimer
Um estudo publicado no jornal científico Current Alzheimer Research desmente pesquisas anteriores que afirmavam que o uso de maconha poderia trazer “benefícios” no tratamento do Mal de Alzheimer (doença neurodegenerativa caracterizada pela progressiva deterioração cognitiva e é a forma mais comum de demência). Segundo estes antigos estudos, a substância química HU210, uma fórmula sintética dos componentes encontrados na maconha, conseguiria estimular o crescimento de novos neurônios em ratos que carregavam uma toxina responsável pela formação de placas no cérebro, assim como na doença de Alzheimer.
Nos novos estudos, promovidos pela Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá) e pelo Instituto Coastal Health Research, foram usados ratos carregados com os genes humanos responsáveis pelo mal de Alzheimer - considerado por ser um modelo mais preciso para a doença em seres humanos.
Os cientistas esperavam bons resultados com o uso dos componentes da maconha, mas os ratos, tratados com altas doses de HU210 durante várias semanas, não se mostraram em condições melhores do que o grupo de controle – os animais que não ingeriram nenhuma substância. O efeito foi contrário: os animais que tomaram a droga acabaram com danos irreversíveis nas células cerebrais, confirmando a maioria dos estudos que afirmam que o uso da maconha afeta a inteligência e gera doenças.
O resultado desta pesquisa põe em xeque todos os demais estudos que pretendem “comprovar” os supostos benefícios do uso de maconha por portadores de males neuropsiquiátricos. Mais estudos devem ser feitos antes de colocar muita esperança nos benefícios da maconha para pacientes de Alzheimer.
Os efeitos maléficos da maconha atingem com certeza o comportamento e a personalidade dos usuários, além da síndrome amotivacional. Uma pessoa que use maconha tem como objetivo alcançar um estado diferente de percepção sentir-se como num sonho ou para relaxar-se. A constituição desses grupos reforça a certeza de que consumir maconha é a coisa certa, que a maconha é uma das coisas mais importantes da vida dele.
A respeito da legalização da maconha por ela trazer supostos benéficios, há uma certa hipocrisia por parte dos usuários em basear-se em artigos para defender o seu próprio consumo. Quando alguém mostra um artigo citando a maconha como “alvo-terapêutico”, os usuários dizem: “Viu só, estudos mostram o uso da maconha para o tratamento do câncer, da epilepsia, …”, mas quando alguém mostra artigos desmentindo seus benefícios, eles dizem: “AH…mas o álcool também destroí os neurônios” e aquele artigo nem é tocado. A via é de mão única!!!! São tão céticos que não observam isso!!!
Fonte:
http://www.publicaffairs.ubc.ca/2010/02/08/marijuana-ineffective-as-an-alzheimer%E2%80%99s-treatment-ubc-vancouver-coastal-health-research/
terça-feira, 22 de junho de 2010
O mapa da epilepsia no Brasil
Para oferecer o melhor tratamento a essas pessoas, é preciso diagnosticar a causa da epilepsia. O uso de medicamentos é uma das terapias mais utilizadas e promove resultados animadores ao controlar as crises epilépticas em 70% dos casos. A eficácia do tratamento medicamentoso depende de pessoa para pessoa e do tipo de crise que ela tem. Em determinados casos, a cirurgia é uma alternativa.
Nas regiões em que não existem centros para o tratamento cirúrgico, por exemplo, os pacientes são orientados e encaminhados para os centros de referência, por meio do programa de transferência do Ministério da Saúde, chamado Central Nacional de Regulação da Alta Complexidade (CNRAC).
da reportagem: http://www.cinapce.org.br/noticia.php?id_noticia=108
LBE: http://www.epilepsia.org.br/epi2002/index.asp
ASPE: http://www.aspebrasil.org/
Ferreira, Israel de Lucena Martins; Silva, Tiago pessoa Tabosa. Mortalidade por epilepsia no Brasil, 1980-2003. Ciência saúde coletiva 14(1), 89-94, 2009.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Feromônio do medo
“O estudo dessa transformação é importante do ponto de vista médico, porque doenças mentais, neurodegenerativas e fobias estão ligadas a esse mecanismo. O sistema olfativo é um excelente modelo para o estudo dessa transformação, porque a ligação entre estímulo e comportamento é direta, independente do aprendizado e da memória. Os animais respondem de maneira inata a algumas moléculas”, explicou.
sábado, 8 de maio de 2010
"Uma esmola pelo amor de Deus"
Saí da padaria com dois enroladinhos de salsicha em um pacotinho que havia sobrado de um lanche rápido de final de tarde que faço antes de ir para a aula de inglês. Em outra mão, um litro de leite numa sacola, quando meus olhos notam um moço, de uns 40 anos, à espera de algo ou alguém do lado de fora da padaria. Curiosamente, eu pergunto o que esperas ali naquele canto, sua voz baixa me diz que espera pelas sobras que todo o dia naquele mesmo horário o moço da padaria, o Antonio, lhe dá. Entrego a ele o meu pacotinho de enroladinhos e pergunto se queres que eu compre paezinhos para ele e para a sua esposa - soube da esposa por perguntar se ele estava sozinho - e humildemente me diz que não é necessário pois estava à espera de Antonio.
Em poucos segundos, nosso cérebro é capaz de ativar pensamentos, experiências e lembranças vividas e associá-las àquela situação de problema social. Insisti quanto aos paezinhos e "nada feito". Dei dois passos em direção ao curso quando me virei novamente com a mão estendida entregando-lhe a sacola com o leite. "Mas você comprou o leite para você, vai te fazer falta", disse aquela voz humilde. Sim, era verdade que eu iria fazer uma vitamina mais tarde com o leite, mas falta, iria fazer para ele e sua esposa muito mais do que para mim. Ele agradeceu e então fui embora com uma sensação de paz.
"O povo brasileiro tem o hábito e a cultura de dar esmola e ainda ter pena dos excluídos, com a visão de que a vida não deu a mesma chance para esses pobres coitados" (Esmola... reportagem de Raul Camilo - revista Filosofia, Ciência e Religião), não poderia ter palavras mais sábias para explicar a minha segunda sensação.
Na visão do Espiritismo e do Catolicismo, um dos atos de maior importância é a caridade. No budismo, as esmolas são dadas por leigos para monges e freiras para conseguir méritos e bençãos, além de assegurar a continuidades monástica. Buda Sidarta Gautama, fundador do budismo, deixou toda a riqueza de sua família para viver na pobreza e de esmola junto com seu povo. A esmola é vista de forma diferente nas diversas culturas no mundo.
Há quem não dê dinheiro como esmola, mas oferece um prato de comida. Certa vez, o lanche oferecido foi negado pelo pedinte, o que ele queria era dinheiro. Confiar que esse dinheiro seja bem aproveitado é uma tarefa difícil, não é mesmo? Vimos pessoas mandando seus filhos pedirem dinheiro no sinal para seus próprios pais. Dinheiro que pode ser usado para comprar drogas, álcool e outros fins. As pessoas do bem acabam pagando por pessoas inescrupulosas, que se aproveitam da oportunidade.
Então, dar ou não esmolas? Como distiguir pessoas oportunistas das pessos que precisam? Por que escolhemos dar esmolas para alguns e não para outros? "Ao contrário de dar dinheiro, pode-se doar tempo e carinho em uma conversa amena e fraterna, incentivando o pedinte a ir à luta em buscas de seus objetivos e conquistas" - Tarefa nada fácil, heim? Com um simples gesto de generosidade podemos mudar o cenário dessa miséria e pobreza.
Interessante ler:
Esmola...
Quando doamos, agimos certo?
E se negarmos, agimos errado?
E você acha correto dar esmola?
Reportagem de Raul Camilo Coelho Motta
Revista Filosofia, Ciência e Religião, Ano 4, n° 8, 2010
ISSN 1881-8734
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Tem lido alguma coisa sobre religiosidade?
Dê mais atenção à sua religiosidade. Precisamos sempre estar ligados a esse sentimento para que tenhamos a que nos apegar nos momentos difíceis. Ter fé é fundamental para que possamos reunir forças e facilitar a resolução de nossos problemas e conseguir benefícios.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Evolução cerebral: um genoma diferente do resto do corpo?
Entender como a complexidade neuronal é moldada durante o desenvolvimento é mergulhar em questões fundamentais da origem da nossa espécie.
A formação do cérebro humano não é um processo otimizado. Pelo contrário, a maioria das células geradas será descartada e apenas uma pequena fração será usada. O mecanismo por trás dessa seleção é obscuro e existem evidências sugerindo que fatores extrínsecos e intrínsecos contribuam para a sobrevivência ou morte celular.
Apenas as células precursoras com as propriedades corretas, no momento e local ideais, irão florescer e amadurecer em neurônios funcionais, contribuindo para a formação das redes nervosas. Nessa competição, forças de variação e seleção atuam para esculpir cada cérebro humano, cada rede neural, neurônio por neurônio, gerando a verdadeira individualidade na forma como cada um de nós recebe, processa e interage com o mundo exterior.
...
Estudando como os genes eram regulados durante a especialização neuronal a partir de células-tronco, notamos que havia uma ativação dos elementos transponíveis tão logo a célula optasse pela diferenciação neuronal.
Dois anos depois, após lutar contra a resistência natural do paradigma vigente, conseguimos demonstrar que os neurônios possuíam genomas únicos. Ao contrário do atraente conceito de que todas as células do corpo possuem o mesmo genoma, e que as diferenças seriam meras consequências da regulação gênica, havíamos juntado evidências fortes o suficiente para demonstrar que isso não era o caso no cérebro.
Cada neurônio parecia ser único, cada um apresentava novas inserções no genoma, impactando genes próximos. Essa atividade amplificaria o efeito da regulação gênica, gerando uma enorme variação celular e aumentando o repertório de tipos celulares capazes de serem formados por um dado grupo de genes. Esse mecanismo de variação e flexibilidade parece contribuir para a originalidade de cada cérebro, explicando por que mesmo gêmeos geneticamente idênticos apresentam personalidades características.
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Curiosamente, durante a evolução dos primatas, observa-se uma impressionante correlação entre a adaptação humana e o surgimento de novas sequências transponíveis. Evidências de alterações climáticas globais sugerem que ambientes mais frios, secos e com maiores variações devem ter ocorrido cerca de 3 milhões de anos atrás. As alterações bruscas acabaram por diminuir o suprimento de comida e água, pressionando fortemente a adaptação de nossos ancestrais a novos ambientes.
Interessantemente, novas famílias de elementos transponíveis no genoma surgem na mesma época em que os humanos adquirem o bipedalismo, apresentam um aumento da massa cerebral e apresentam as primeiras evidências de uso de ferramentas, consciência ou motivação artística.
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Qualquer que seja a função do mosaicismo genético dos neurônios, é preciso cautela no desenho dos experimentos que permitirão investigar o fenômeno. Atualmente é impossível usar técnicas clássicas de nocaute genético para eliminar os genes saltadores do genoma. São vários deles que estão ativos no genoma. Além disso, estão espalhados pelos cromossomos. Vai ser preciso bastante criatividade para buscar situações experimentais onde a hipótese possa ser testada. Qualquer que seja o resultado encontrado, só vai ser real se fizer sentido sob a ótica evolucionária.
Leia o artigo inteiro:
http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=3817&bd=1&pg=1&lg=
Ou baixe em pdf:
http://www.revistapesquisa.fapesp.br/pdf/157/37-45_darwin_157.pdf
domingo, 4 de abril de 2010
Capacete Inteligente: protege o cérebro após acidente
Uma tecnologia desenvolvida na Inglaterra pode ajudar a salvar vidas nos acidentes de moto. Quem mostra a novidade é o correspondente Marcos Losekann.
Nada foi alterado na estética do capacete, o segredo está dentro dele, embaixo da forração. Uma embalagem que contém água e outra com nitrato de amônio. Na hora do acidente, por conta do impacto, o saquinho arrebenta, a água entra em contato com o nitrato de amônio e provoca uma reação química, que instantaneamente faz baixar a temperatura interna. Fica ao redor de zero grau.
O objetivo da refrigeração instantânea é manter a temperatura normal do cérebro, pouco acima de 37ºC. O inventor do sistema explica que o nitrato de amônio, misturado com água, forma uma espécie de capa sobre a cabeça, dentro do capacete. A refrigeração, segundo ele, chega a durar 45 minutos, tempo suficiente para que o acidentado seja socorrido.
Brevemente, também foi citado um outro equipamento que pode ser instalado no capacete: um chip que é um minigps. Ele emite um sinal, via satélite, para o serviço de resgate, com as coordenadas exatas do local do acidente.
Podemos observar que esta reportagem conta duas invenções que são acopladas no capacete para a proteção do cérebro por causa do grande impacto após um acidente e a localização exata do local que é enviada para o serviço de resgate, mas nada é referido sobre a disponibilidade desta tecnologia no mercado e seus custos.
sexta-feira, 26 de março de 2010
A vida é feita de nossas atitudes
domingo, 14 de março de 2010
Os genes influenciam as atividades cerebrais.
Os genes podem ser ligados, desligados, aumentam ou diminuem a atividade (expressão de proteínas). No cérebro, a expressão do gene afeta os níveis de neurotransmissores que, por sua vez, influenciam funções complexas (personalidade, memória e inteligência). O mesmo ocorre com os fatores ambientais - dieta, ambiente, redes sociais e níveis de stress - que afetam os padrões dessa expressividade.
As diferenças genéticas definem a quantidade de serotonina (neurotransmissor envolvido no humor) em cada indíviduo. Quando de menos, pode significar uma predisposição para a depressão ou uma tendência para a compulsão alimentar. A falta de dopamina (outro neurotransmissor) também está associada ao aumento do comportamento de risco.
O genótipo é capaz de afetar a estrutura e o funcionamento cerebrais que, por sua vez, influenciam o comportamento.
Curiosidade:
Em 2003, foi concluído o Projeto Genoma Humano que mapeou as sequências que compõem o DNA humano. Essa pesquisa identificou cerca de 25 mil genes humanos presentes nos 46 cromossomos. O mapeamento do genoma possibilita que os pesquisadores saibam quais genes estão relacionados com cada processo metabólico, bem como sua posição nos cromossomos e o seqüenciamento das bases nitrogenadas (Adenina, Timina, Citosina e Guanina) do DNA. O armazenamento dessas informações está contido em bancos de dados, como o National Center for Biotechnology Information (NCBI), e servem para auxiliar os pesquisadores a desenvolverem ferramentas de bioinformática para analisar esses dados e permitir a realização de novas pesquisas biológicas. Assim como a facilidade de identificação de genes associados a doenças e de novos produtos biotecnológicos.Referências:
-Alberts, B. - Molecular Biology of the Cell
-O livro do cérebro (trauzido pela editora Duetto)
segunda-feira, 8 de março de 2010
Dia Internacional da Mulher
sábado, 6 de março de 2010
VIII ENCONTRO NACIONAL DE ASSOCIAÇÕES E GRUPOS DE PACIENTES COM EPILEPSIA
Realização: ASPE e EPI-Brasil
Dias: 18, 19 e 20 de março de 2010
Pré-Encontro
Para Guardas Municipais e Pessoas interessadas na Capacitação de Epilepsia – Ministrado pela ASPE
De acordo com a Lei Municipal 13467 (13/11/2008).
Inscrições no CETS da Prefeitura de Campinas. Endereço: Av. Aquidaban, 505 – Centro,– Campinas. Telefones: (19) 3236-2089 e 3232-8415. E-mail: saude.cets@campinas.sp.gov.br
Dia 18 de março, quinta-feira:
13:30h-14:00h – Recepção e entrega de material
14:00h-17:00h – Capacitação em epilepsia para guardas municipais da Prefeitura Municipal de Campinas (público estimado: 200 guardas municipais – convidados pela Prefeitura)
Dia 19 de março, sexta-feira:
8:30h-9:00h – Recepção e entrega de material
9:00h-12:00h – Capacitação em epilepsia para guardas municipais da Prefeitura Municipal de Campinas (público estimado: 200 guardas municipais – convidados pela Prefeitura)
Encontro Nacional
13:30h-14:00h - Inscrições
R$ 10,00 por pessoa (feitas na hora) e entrega de material
14:00h-14:30h – Abertura do VIII Encontro Nacional de Associações e Grupos de Pacientes com Epilepsia
· Dr. Li Li Min, médico, professor Associado do Depto. de Neurologia da FCM-UNICAMP e Presidente Fundador da ASPE
· Dra. Paula T. Fernandes, psicóloga, pesquisadora do Depto. de Neurologia da FCM-UNICAMP e Presidente da ASPE
· João Hércules Bezerra Gomes, presidente da Epi-Brasil
· Rosa Maria Lucena, vice-presidente da Epi-Brasil
14:30h-17:30h – Atualize seu conhecimento em epilepsia. Serão discutidos casos de pacientes com epilepsia em diferentes contextos: escola, rede básica, trabalho, preconceito. Debatedores:
· Dra. Ana Lúcia Noronha Kanashiro, médica neurologista da Prefeitura Municipal de Campinas
· Dr. Wagner Teixeira, médico neurologista do Hospital de Base de Brasília. Presidente da LBE
· Dra. Paula T. Fernandes, psicóloga, pesquisadora colaboradora do Departamento de Neurologia da FCM-UNICAMP e Presidente da ASPE
· Dr. Li Li Min, médico, professor Associado do Departamento de Neurologia da FCM-UNICAMP e Presidente fundador da ASPE
17:30h – Encerramento do dia
Dia 20 de março, sábado:
(Público estimado: 40 pessoas participantes das associações de epilepsia do Brasil)
08:30h-10:30h – Apresentação das Associações / Grupos / Movimentos de Epilepsia (15 minutos para cada apresentação).
Para esta atividade, cada associação deve escolher um representante que fará a apresentação das atividades da associação no período de 2009 a 2010 e enviar para o e-mail: paula@aspebrasil.org
10:30h-12:00h – Assembléia Geral da Epi-Brasil (somente para os participantes da Epi-Brasil)
12:30 – Almoço da Epi-Brasil
Realização:
quinta-feira, 4 de março de 2010
A base da fé
Sistemas de crenças rígidos podem levar as pessoas a "verem" coisas que não existem. Durante os julgamentos das bruxas de Salem, ocorridos em 1962, no Estado Americano de Massachusetts, fanáticos religiosos "viram" indícios do demônio no comportamento de pessoas absolutamente comuns. A superstição e a credulidade levaram à execução de jovens.
O fanatismo é o "excesso de zelo na defesa de certos ideais religiosos dando margem para alguns assombrosos banhos de sangue ao longo da História", trecho retratado no Livro A Peste das Almas. História de fanatismo.
A prática religiosa pode ser, na maioria das vezes, determinada por fatores culturais. No entanto, será que temos uma região específica no cérebro relacionado a fé? A transcedência espiritual compartilha algumas características com experiências "estranhas", como as vivências de sair do corpo, de ver auras e "da presença sentida". Essas coisas estão associadas a turbilhões de atividade extraordinariamente alta nos lobos temporais (ver reportagem de janeiro sobre religiosidade exarcebada em pessoas com epilepsia do lobo temporal).
A crença e a descrença são induzidas por partes do cérebro relacionadas às emoções, e não ao raciocínio. A fé ativa o córtex pré-frontal ventromedial, que processa a recompensa, a emoção e o paladar, enquanto a descrença é registrada pela ínsula, que gera sentimentos de repulsa.
O cérebro busca constantemente dar sentido ao mundo a fim de guiar nossas ações. Uma maneira de fazer isso é criar histórias ou conceber ideias explicativas, às quais incluímos experiências próprias. Em geral, essas montagens são úteis, mas nem sempre corretas.Referência:
O Livro de Cérebro (traduzido pela editora Duetto);
LOPES, Marcos Antonio e MARTINS, Marcos Lobato. A Peste das Almas. História de fanatismo. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
A Utopia do Amor
Que a emoção vem depois da razão
Faz o coração morrer de paixão
Renunciar alguém só traz a dor
Será utopia ou realidade
Querer estar com alguém
Que se ame assim
A palavra Utopia significa literalmente o não-lugar de nenhum lugar. Tomás Morus, humanista e jurista inglês, católico fervoroso e chanceler do reino da Inglaterra, Rei Henrique VIII, foi quem inventou a palavra Utopia em 1516.
Morus, em sua obra Utopia, descreve um Estado imaginário sem propriedade privada nem dinheiro, preocupado com a felicidade coletiva e a organização da produção, mas de fundamento religioso.
“Roubar o prazer de outrem ao buscar o seu é verdadeiramente uma injustiça, enquanto privar-se de algo em favor de outrem é verdadeiramente um ato humano e generoso. Este ato comporta mais benefícios que perda, sendo compensado pela reciprocidade, pelo reconhecimento, a alma obtendo assim mais alegria que o corpo.
Os utopianos designam prazer todo movimento e todo repouso do corpo que a natureza nos faz julgar agradável. O que é agradável em si, que se atinge sem nada fazer de injusto, sem nada perder de mais agradável, sem ter de pagá-lo com um sofrimento, não são somente os sentidos que levam a isso, mas a correta razão.
Os prazeres resultam do equilíbrio do corpo, como cada um os sente quando nada altera sua saúde. Esta, quando nenhum sofrimento não a perturba, agrada por si mesma. A saúde é única capaz de assegurar uma vida serena e desejável, e de impedir, quando ausente, qualquer prazer que seja.
Um prazer menor não deve ser obstáculo para um prazer maior, nem arrastar a dor atrás de si e jamais ser desonesto. Por outro lado, desprezar a beleza do corpo, arruinar suas forças, esgotar o corpo à força de jejuns, destruir a saúde, rejeitar com desprezo as doçuras da natureza, detruir-se sem proveito de ninguém: eis o cúmulo da loucura, o ato de uma alma malvada consigo mesma e supremamente ingrata com a natureza, já que a dispensa de todos os benefícios, como se tivesse vergonha de ter dívida em relação a ela.
Os utopianos são amáveis, alegres; saboreiam suas horas de descanso, suportam o que for necessário em matéria de trabalhos físicos e são infatigáveis nos trabalhos do espírito”.
Referência:
A Utopia. Tomás Morus. Porto Alegre: L&PM, 2009. ISBN 978-85-254-0673-6
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Budismo: Religião ou Filosofia?
A idéia de religião com muita frequência contempla a existência de seres superiores que teriam influência ou poder de determinação no destino humano. Outras definições mais amplas de religião dispensam a idéia de divindades e focalizam os papéis de desenvolvimento de valores morais, códigos de conduta e senso cooperativo em uma comunidade.
As religiões explicam de maneiras diversas o surgimento da felicidade e do sofrimento. As religiões monoteístas, como o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, afirmam a existência de um criador do mundo, um ser surpremo. O Budismo é uma doutrina não-divina, portanto é alteísta porque não acredita em um Deus criador.
O Budismo fundamenta a crença do renascimento principalmente na continuidade do espírito e na lei universal de causa e efeito, o carma. Acreditam que todo o ser traz em si a possibilidade de alcançar a realização espiritual, através do processo de purificação. Aqui se diferenciam as grandes religiões do mundo.
Algumas pessoas se sentem atraídas pelo cristianismo, por causa do conceito de um Deus criador. Outros, acham o budismo atraente porque ele se concentra somente nas ações dos indivíduos. Certamente é possível encontrar boas razões para apoiar diferentes abordagens.
Uma religião sem Deus? O Budismo talvez possa ser considerado mais como uma filosofia de vida por acreditar somente na evolução espiritual do próprio ser, sem a existência de intervenção divina. Mas se analizarmos o sentido da palavra "religião" que engloba um conjunto de crenças e tradições, o Budismo pode ser dito como tal? Podemos considerar que o Budismo é uma Religião e Filosofia?
Dalai Lama. Caminho da sabedoria, caminho da paz. Porto Alegre: L&PM, 2009. ISBN 978-85-254-1930-9
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Um coração que parou por 14 minutos!
No último domingo, dia 7, o Fantástico apresentou um caso de um homem que teve seu coração parado por 14 minutos, que foi ressuscitado pelos médicos e está bem, não apresenta nenhuma sequela. Graças ao procedimento muito usado no EUA e ainda pouco usado no Brasil, a hipotermia terapêutica.
O cérebro resiste apenas cerca de 10 minutos até que ocorra alguma lesão irreparável. Sem oxigênio no cérebro, as células nervosas, os neurônios, começam a morrer. É por isso que a ressuscitação imediata é necessária em casos de parada cardíaca (O Livro do Cérebro).
O metabolismo do paciente se reduz ao básico para ficar vivo e concentra o gasto de energia na recuperação do cérebro. O paciente pode ficar em hipotermia de 24 a 48 horas.
Essa técnica é utilizada para fornecer neuroproteção em lesões cerebrais traumáticas, acidente vascular encefálico, hipertensão intracraniana, hemorragia subaracnóidea, entre outras condições neurológicas, além de infarto agudo do miocárdio e parada cardiorrespiratória.
É um tratamento altamente promissor, no entanto sua utilização não é tão ampla na prática clínica, principalmente pela falta de estrutura dos hospitais e estudos a respeito dos benefícios e complicações, tornando-se necessários maiores estudos a respeito, bem como aprimoramento dos profissionais* a respeito de sua utilização. (para saber mais: ler Artigo)
* Um estudo realizado com 600 médicos, 87% responderam que nunca haviam utilizado hipotermia terapêutica, principalmente por ter pouco conhecimento sobre o método, além de julgarem que as informações disponíveis são insuficientes.
Para saber mais:
Reportagem do Fantástico: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1480731-15605,00.html
Artigo: O potencial da hipotermia terapêutica no tratamento do paciente crítico: http://www.scamilo.edu.br/pdf/mundo_saude/58/74a78.pdf
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
O Sentido da Vida
Não há vidas felizes e sim momentos felizes, a felicidade invade nosso coração quando compartilhamos nosso amor puro e verdadeiro. Compartir da imensidão de nosso ser não depende da duração do mundo. A eternidade que depositamos em nossas atitudes é que dá lugar aos nossos pensamentos existenciais.
A idade altera a forma como se sente a vida. A intensidade dos sonhos, dos desejos e das ambições é extensa na juventude. A mutação é inevitável ao longo dos anos. A passagem da juventude à velhice envolve experiências, maturidade, reflexões novas, verdades, segredos, que alteram os nossos valores e a forma como vemos e sentimos a vida.
“Todos os instantes de tempo são pontos perdidos na eternidade. Tudo é insignificante, facilmente mutável, tudo se apaga” - Marco Aurélio, imperador e filósofo romano.
Nascer e morrer. A idade avançada não deve ignorar que o viver faz parte da lei natural do universo. O amor não tem idade e nem fronteiras, então, façamos a vida valer a pena a cada instante do presente para dar lugar aos dias do nosso futuro.
Os dias dos seres humanos podem estar contados, abater-se é deixar o universo se comprometer com a nossa vida e, no mais profundo desconhecimento do ser interior, não saber o que é viver.
O conhecimento progressivo da ciência, da arte, da história é um processo que contextualiza a existência humana. Podemos desfrutar de vacina, tratamento, cura, e o próprio entendimento da vida. Não estamos nesse mundo para nascer, viver e simplesmente morrer, nos foi dado à infinidade para evoluirmos, então, vamos deleitar-se com muito gosto. Descobertas fazem parte do nosso dia a dia, que devem ser incorporadas por todos, pois somam o nosso SENTIDO DA VIDA.