Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que acomete inicialmente a parte do cérebro que controla a memória, o raciocínio e a linguagem, mas pode atingir outras regiões, comprometendo outras funções. A prevalência (casos já existentes) e incidência (casos novos) aumentam dramaticamente com a idade. Dado do IBGE, de 2000, estima-se a prevalência da doença de Alzheimer em nosso meio em 1 milhão e 200 mil de pacientes, com a incidência de 100 mil novos casos por ano.
Informações sobre Alzheimer é pouco explorado na mídia, com algumas exceções, em relação a sua importância, fatores de risco, patologia, tratamento e genética. Vários estudos reunidos em um artigo de divulgação científica da Agência FAPESP, do dia 6/7/2009, indicam que o uso de cafeína leva a redução de níveis anormais de placas amiloides, depósitos de proteínas que bloqueiam e matam neurônios do cérebro e são característicos da doença.
O interessante do artigo é que mostra estudos com camundongos e humanos realizados nos últimos anos que relatam associação da administração da cafeína em idosos sem sinais de demência.
Interesses em aprofundar os potenciais da cafeína tanto na prevenção quanto no tratamento da doença foram despertados por diversos grupos de pesquisadores a partir de um estudo realizado há alguns anos em Portugal. O estudo inicial relata que o consumo de café durante 20 anos por pessoas sem a doença foi maior do que pessoas com Alzheimer.
O trabalho principal relatado no artigo é com camundongos, mas os resultados foram tão positivos que os cientistas esperam começar em breve testes em humanos.
O trabalho consiste na divisão de dois grupos de camundongos geneticamente alterados para desenvolver problemas de memória, simulando Alzheimer, à medida que envelheciam, um dos quais passou a receber café junto com a água que bebiam, o equivalente a dois cafés expressos. O resultado deste grupo obteve melhor resultado do que o outro grupo que não ingeriu café, mostrando que houve uma redução de quase 50% nos níveis de beta-amiloide no cérebro. A redução da quantidade de enzimas necessárias para a produção de beta-amiloide aparentemente restaurou a memória deste grupo que ingeriu cafeína.
No início do texto podemos ver que “o consumo do café é seguro para a maioria das pessoas pois entra facilmente no cérebro e aparentemente afeta diretamente o processo da doença”, sugerindo que o seu uso pode ser usado como uma medida preventiva, assim como no tratamento do Alzheimer.
Temos que ter em mente que esses experimentos ainda não foram realizados com humanos e também não foi informado a quantidade de café que se pode ingerir sem cometer excessos. Mas sabemos que, ultimamente, o uso do café vem sido associado com benefícios aos funcionamento cerebral. Sendo assim, que tal tomarmos um cafezinho?
Nenhum comentário:
Postar um comentário