“E Paulo disse ainda: Eu estava viajando, já perto de Damasco e era mais ou menos meio dia. De repente, uma grande luz que vinha do céu brilhou em volta de mim (...) Os homens que viajavam comigo viram a luz, porém não ouviram a voz de quem estava falando comigo (...) Aquela luz brilhante me deixou cego”
Esse fato descrito na Bíblia, a luz brilhante que cegou São Paulo no deserto de Damasco e deixou-o sem enxergar por três dias foi atribuída a uma crise do lobo temporal por pesquisadores neurologistas. Outro fato histórico acontece com Joana d’Arc, heroína e santa padroeira da França, ouvia vozes divinas, acompanhada de claridade e uma sensação de medo:

Suas sensações de êxtase, medo intenso, alucinações visuais e auditivas eram semelhantes às do apóstolo Paulo. Mas naquela época, era interpretada como bruxaria, e então, ela foi considerada como herege e condenada à fogueira, em 1431 e, cinco séculos depois, a Igreja Católica a beatifica e, mais tarde, é declarada santa.
Nos dias de hoje, há vários relatos de pessoas com epilepsia do lobo temporal que apresentam religiosidade exacerbada, ou seja, interesses por figuras místicas, religiosas, que rezam várias vezes ao dia e caminham para a igreja pela primeira vez ou com uma maior frequência do que faziam antes de terem as crises. Esse intenso êxtase religioso é experimentado apenas por pessoas que possuem epilepsia do lobo temporal durante as crises e também no período entre as crises. Outra condição neurológica, a esquizofrenia não apresenta sequer nenhuma dessas alucinações visuais ou auditivas.
Pessoas com epilepsia no lobo temporal seriam privilegiadas por ouvirem Deus e por relatarem experiências jamais vividas por outras pessoas? (Ver Êxtase Religioso em Pessoas com Epilepsia do Lobo Temporal)
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