Texto do Livro:
Tao Te Ching - O Livro que Revela Deus
escrito por Lao Tsé
"Todos os vivos nascem e morrem - mas a vida é imortal"
Explicação fisológica:
Lao-Tsé, na sua vidência cósmica, enxerga o Universo como um abismo de ilimitadas potencialidades de cuja essência Infinita brotam sem cessar as existências finitas. Todos os seres vivos individuais surgem sempre de novo da Vida Universal, quando nascem; e regressam a esse mar imenso de Vida, quando deixam de ser indíviduos vivos - assim como as ondas do oceano nascem do seio das águas imensas e recaem a esse mesmo seio. O vivo nasce quando emerge da Vida e morre quando mergulha novamente nessa Vida. A Vida é sem princípio nem fim, mas os vivos tem princípio e fim.
A célebre questão sobre "a origem da vida", tão discutida pelos cientistas, é uma questão absurda porque a Vida não tem origem, nem terá fim; somente os vivos tem princípio e tem fim. Começar a existir como vivo é nascer, deixar de existir como vivo é morrer - mas o nascer e o morrer nada tem que ver com a vida. A inexatidão da terminologia é causa de estéreis controvérsias.
A Vida é.
Os vivos existem e des-existem.
Discussão:
Confesso que é um modo de interpretação de origem da vida um tanto diferente do que costumamos descrever, pois relacionamos a Vida com o nascer e morrer. "Basta estar vivo para morrer", quem nunca escutou essa frase? Partimos do pressuposto que nascemos, vivemos e morremos. Mas Lao Tsé diz que a Vida não tem nada a ver com o nascer e morrer.
O nascer e morrer são processos de existência, tem um começo e fim e a Vida está sempre presente no Universo, é infinita e independente desses processos? Como separar a Vida desses processos? Não é nada fácil.
Difícil é chegar a um consenso comum sobre o que é a Vida. Em que momento da existência humana podemos chamar de Vida? Tema de controvérsias entre os cientistas. Há quem considere Vida o momento da fecundação do espermatozóide com o óvulo, formando o embrião; há quem diga que a Vida está presente após a formação do cérebro no feto, partindo do princípio que se considere morte quando há parada do funcionamento cerebral; há também conceitos sobre o 1° batimento cardíaco do feto, ou até mesmo o nascimento da criança.
Controvérsias deixariam de existir se a terminologia da palavra Vida fosse definida e principalmente aceita por todos? Podemos estar condicionados a imposições de significados históricos e, não percebemos, mas que são tão influentes em nossas mentes e em nossa Vida, independente do real significado dado para Ela.
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