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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A visão da Epilepsia pelo Espiritismo.

Mangue Seco - SE
A ciência e a espiritualidade podem esclarecer a epilepsia como a existência de múltiplas enfermidades para as desarmonias do corpo, e há inúmeras outras para os desvios da alma: “O fenômeno epileptóide muito raramente ocorre por meras alterações no encéfalo, como sejam as que procedem de golpes na cabeça, e, geralmente é enfermidade da alma, independente do corpo físico que apenas registra, nesse caso, as ações reflexas” - citação do livro O mundo maior, escrito pelo espírito de André Luiz (médico), psicografado por Francisco Cândido Xavier, que interpreta a epilepsia como questão psíquica.

Os distúrbios psíquicos são analisados a partir do plano espiritual, trazendo-nos a abalizada opinião de espíritos especialistas (instrutores espirituais). Para o espiritismo, o reflexo condicionado, como o abuso do álcool, da mediunidade e da sexualidade, pode gerar o sentimento de lesão da pessoa e afetar aqueles que foram envolvidos naquela situação, criando um campo de culpa que atrai o obsessor. A atração do obsessor depende do grau de comprometimento da lesão a si próprio e aos envolvidos, mesmo que o obsessor não esteja presente.

Os reflexos da vida passada repercutem no corpo físico de hoje, no ponto de vista espiritual, para o qual há dois tipos de epilepsia: uma funcional, em que não existe lesão anatômica; e outra de difícil controle, em que há presença do obsessor e lesão maior de culpa. O livro dos espíritos, Alan Kardec, afirma: “Sem dúvida que esses são os verdadeiros possessos (...) isto nunca ocorre sem que aquele consinta, quer por sua fraqueza quer por desejo; muitos epilépticos ou loucos, que mais necessitavam de médicos que de exorcismos, têm sido tomados por possessos”. O texto refere-se a relatos do Evangelho de Lucas e Marcos que tratariam da existência de quadros epilépticos secundários à ação de obsessores desencarnados. A obra de Kardec esclarece que existem quadros de epilepsia não secundários à interferência espiritual e ligados à postura cármica das doenças.

Embora Allan Kardec não tenha usado em momento algum a palavra carma, na visão espírita, cada ser humano é um espírito imortal encarnado que herda o carma bom ou mau de suas encarnações anteriores. O médico Bezerra de Menezes, em Recordações da mediunidade, psicografado pela médium Yvone Pereira, conta um caso de epilepsia que foi ocasionado pelo suicídio em vida passada: “As convulsões nada mais são do que vínculos mentais revivendo o passado (zona de remorso)”. A zona de remorso é caracterizada por um estado anormal criado pela mente por falta de oportunidade de desabafo ou correção daquela falta grave, que fica calcada no espírito, provocando distonias diversas de uma encarnação para outra, explica o espírito André Luiz, em Evolução em Dois Mundos.

A palavra carma significa ação e designa o nível de evolução espiritual de cada pessoa, buscando melhorar o nível espiritual para atingir estados evolutivos mais elevados. Já para os budistas, o conceito de carma se refere à consequência cármica e não ao ato em si. (ver O que é Carma? O Budismo explica.)

Alguns espíritas retardam o encaminhamento de pessoas com epilepsia para os neurologistas por acreditar que aquela manifestação é puramente mediúnica, assim, o uso de águas fortificantes e a terapia espiritual, que deve ser com vibrações, preces, palestras, pois ouvem e entendem o passe, auxiliam todo o processo de melhora. Outros espíritas acreditam que o uso de remédios para buscar o equilíbrio do corpo, juntamente com a religião tem como resultado um tratamento melhor da epilepsia.

Lembre-se: Todas as pessoas, de todas as religiões, que apresentarem alguma patologia no decorrer da vida deverão ser encaminhados ao médico e seguir os tratamentos adequados para uma melhor qualidade de vida.

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